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25 de abril de 2013
A falsidade falsificada e o colunista do NY Times que nunca sabe de nada
Este post vai acabar saindo com jeito de desabafo, mas...... fazer o quê?!
Primeiro, transcrevo um texto que recebi, por e-mail. O título do e-mail era "Resposta ao editorial do Estadão e às baboseiras do Jabor". No corpo da mensagem, li isso:
A falsidade continuada contra o PT
Resposta ao editorial do Estadão, publicado na sexta-feira, 27 de agosto)
O Partido dos Trabalhadores se constituiu na luta pela redemocratização do país, tendo como primado a vigência do Estado de Direito. Foi o exercício contínuo da democracia, com liberdade de expressão, de crítica e de imprensa, que conduziu o PT à Presidência da República, em eleições que expressaram a vontade soberana da maioria da população.
Foi a Democracia que nos trouxe até aqui e dela não vamos nos afastar jamais. Ao longo de sua existência, o PT esteve à frente de todas as iniciativas destinadas a aperfeiçoar e consolidar as práticas democráticas entre nós – desde a luta pelo restabelecimento do direito de greve e da liberdade de organização sindical e política, passando pela campanha das Diretas, a convocação da Assembléia Constituinte, até o aperfeiçoamento da legislação eleitoral.
O governo do presidente Lula vem atuando de forma republicana na reconstituição de instituições públicas essenciais que haviam sido esvaziadas, de maneira irresponsável, em governos passados. Por meio de concursos públicos e de investimentos submetidos à fiscalização do Congresso e do Ministério Público, o governo do PT está reconstituindo a capacidade do Estado para atender às demandas do país por saúde, educação, infra-estrutura, segurança, desenvolvimento científico e tecnológico e proteção ambiental, dentre outras.
Compreendemos que outros partidos e setores da sociedade tenham visão distinta sobre a melhor maneira de colocar o Estado a serviço do desenvolvimento econômico e social do país. Mas não podemos aceitar que o legítimo debate político desborde para a agressão, a injúria e a calúnia, como faz o editorial do Estado de S. Paulo de 27 de agosto.
Não é verdade que o PT ou a campanha da nossa candidata, Dilma Rousseff, tenham buscado ou recebido, por meios ilegais, informações sobre políticos e homens de negócios ligados ao candidato da oposição – nem mesmo por interpostas pessoas, como diz o editorial.
Se a Folha de S. Paulo, em quem se socorre o editorial para repetir a afirmação infamante, teve acesso a dados sigilosos de quem quer que seja, cabe a ela apontar sua origem, antes de acusar o PT e a campanha. Repetir sistematicamente que tenham “circulado na campanha” ou conformem um dossiê que ninguém viu; repetir sem amparo em fontes, provas, sequer indícios, é mau jornalismo. É antiético. É uma continuada falsidade.
O PT não fez, não fará nem autoriza que em seu nome se faça qualquer ação fora da lei. Diante da notícia de vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, fomos nós, do PT, que solicitamos a abertura de inquérito na Polícia Federal para esclarecer o fato. Buscamos a verdade.
Tomamos essa iniciativa porque consideramos incompatível com o Estado de Direito democrático a violação de direitos protegidos pela Constituição, não importando a motivação nem a preferência partidária de quem perpetra esse crime.
Agimos assim, à luz do dia e da lei, para que não se repitam episódios como a violação das dívidas com o Banco do Brasil de nove deputados do antigo PPB, que à época (1996) eram constrangidos a apoiar a emenda da reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Agimos assim para que não se repita a manipulação da Polícia Federal em benefício de intrigas palacianas, como ocorreu em 1995, quando um embaixador da confiança do ex-presidente teve seu telefone grampeado e suas conversas expostas.
Agimos assim em defesa das instituições em que acreditamos e dos cidadãos que representamos. Para que crimes como esses não fiquem impunes, como não deverá ficar impune a violação do sigilo fiscal dos diretores da Petrobras, devassado em junho do ano passado.
Certas vozes que hoje apontam, sem qualquer fundamento, uma suposta manipulação de setores do Estado no caso da Delegacia da Receita de Mauá, foram as primeiras a fazer exploração política do crime cometido contra os diretores da Petrobras. É uma seletividade que desqualifica a indignação.
Oferecemos esse artigo para publicação em respeito aos leitores, em defesa da verdade e em consonância com o equilíbrio editorial que notabilizou o Estado de S. Paulo ao longo de sua história. A seção de editoriais do jornal – que em outros tempos foi exemplo de independência e coragem política – recusou-se a fazê-lo, interditando o debate de argumentos no mesmo espaço em que fomos caluniados.
Como diriam os editorialistas que sabiam polemizar sem recorrer ao sofisma e à desfaçatez: Sic transit gloria mundi.
José Eduardo Dutra, presidente nacional do PT.
O e-mail que o Rimoli encaminhou estava assinado por "Alfredo J. B. Luiz, Presidente do Diretório Municipal do PT em Caçapava/SP".
Não sei se a nota é verdadeira, como também não sei se o tal Alfredo existe e, de fato, ocupa este cargo.
Contudo, imagino que o Rimoli não iria enviar um texto apócrifo e/ou adulterado, então parto da premissa de que o PT realmente emitiu esta nota à imprensa. Verificando sua atenticidade (afinal, textos que circulam por e-mail muito facilmente são adulterados), localizei, de fato, a tal nota à imprensa no site do PT, AQUI.
Assim, não posso ler tantas mentiras, tantas bobagens, e ficar quieto.
Qualquer pessoa que acompanha, ainda que superficialmente, a política brasileira - em especial nos últimos 8 anos - sabe que no Brasil a desfaçatez é dominante. Políticos corruptos que se protegem sob a imPunidade parlamentar usam fontes pouco confiáveis quando precisam (ou querem) atacar ou achincalhar seus adversários, mas refutam e questionam as mesmas fontes quando as acusações apontam em sua direção. Isto é a HIPOCRISIA da política brasileira.
Em meio a esta deplorável situação, o PT consegue ser o mais hipócrita, cínico e falso dos partidos brasileiros. Em todos os aspectos, em todas as acepções, e em qualquer situação.
E, convenhamos, isso é MUITO, haja vista que não existe um único partido político, no Brasil, que não esteja atolado em mentiras, corrupção e falsidade.
Afirmo isso sem nenhuma sombra de dúvida, e mostro a seguir o porquê.
O Partido dos Trabalhadores se constituiu na luta pela redemocratização do país, tendo como primado a vigência do Estado de Direito. Foi o exercício contínuo da democracia, com liberdade de expressão, de crítica e de imprensa, que conduziu o PT à Presidência da República, em eleições que expressaram a vontade soberana da maioria da população.
Mentira deslavada. O PT detesta a democracia.
É simples comprovar isso.
Não apenas o PT, de forma institucional, como diversos membros, filiados, deputados e até mesmo o Presidente da República já fizeram, abertamente, críticas à imprensa. Estas críticas embutem o sentimento mais anti-democrático possível: se a imprensa fala mal do meu adversário, OK; mas se a imprensa fala mal de mim, aí eu posso classificá-la de "golpista" ou qualquer outro adjetivo análogo.
Um exemplo está AQUI. O PT e seus asseclas atualmente criticam a Veja, e a classificam como "golpista", enquanto a Carta Capital é uma publicação "amiga" (entenda-se por este termo aquela que ignora as cagadas do governo do PT, reservando-lhe apenas elogios). Se fala bem de mim, é imprensa genuína, de boa qualidade; se me critica, é golpista, marrom, não presta etc.
Interessante que o PT inclusive terceiriza o ataque à Veja, Globo, Folha, Estadão, DataFolha etc (AQUI, por exemplo).
Porém, só para relembrar um caso clássico: Collor.
Hoje, Collor é aliado de Lulla e de Dilma, e anda inclusive fazendo campanha por ella (veja este vídeo).
Mas nem sempre foi assim........
Em 1989, o PT reclamou (aliás, reclama ATÉ HOJE) que a Globo fez uma edição no debate entre Collor e Lulla que veio a prejudicar este. Supostamente, a Globo alterou o resultado da eleição.
Mas não faltaram oportunidades para que o PT reclamasse disso, e o início do processo de queda de Fernando Collor foi uma entrevista bombástica, dada pelo seu irmão à Veja em 1992 (AQUI).
Naquele época, deputados do PT, no Congresso, fizeram discursos com a Veja em mãos, exigindo apurações para as diversas acusações feitas na entrevista.
Ora, naquele momento a Veja era confiável? Ela ainda não fazia parte do PIG ?
A Folha de São Paulo é outra....
Na maioria das vezes, o PT faz o possível e o impossível para desqualificá-la - mas não tem NENHUMA vergonha ou pudor em recorrer às matérias publicadas por ela quando o "alvo" é alguém da oposição, como AQUI, por exemplo.
Por essas e outras, já ficou bastante claro que os elogios e as críticas do PT á imprensa dependem da conveniência, do momento, da circunstância.
Sobre isto, recomendo a leitura deste artigo AQUI.
E, para fechar com um toque de diversão, uma afirmação do atual presidente do PT no Twitter, referindo-se a matéria da Veja, AQUI.
Como se não bastasse, o El País publicou em 20/12/2009 um artigo delicioso, "Cinco hipócritas de 2009" (AQUI). Estranhei o fato de não ter lido/ouvido nenhum comentário de nenhum PTralha..... Afinal, pouco tempo antes, eles estavam exaltando as citações feitas por jornais e outros veículos de imprensa internacionais....
Foi a Democracia que nos trouxe até aqui e dela não vamos nos afastar jamais. Ao longo de sua existência, o PT esteve à frente de todas as iniciativas destinadas a aperfeiçoar e consolidar as práticas democráticas entre nós – desde a luta pelo restabelecimento do direito de greve e da liberdade de organização sindical e política, passando pela campanha das Diretas, a convocação da Assembléia Constituinte, até o aperfeiçoamento da legislação eleitoral.
Vamos relembrar alguns FATOS que diluem estas MENTIRAS:
O PT recusou-se a assinar a promulgação da Constituição de 1988;
O PT foi contra a chamada "Lei da Ficha Limpa", e ainda tentou, sem sucesso, barrar sua votação na Câmara e no Senado;
O PT foi contra o Plano Real, em 1994;
O PT foi contra a Lei da Responsabilidade Fiscal (e permanece contra, mas diz que cumpre para disfarçar)
O governo do presidente Lula vem atuando de forma republicana na reconstituição de instituições públicas essenciais que haviam sido esvaziadas, de maneira irresponsável, em governos passados. Por meio de concursos públicos e de investimentos submetidos à fiscalização do Congresso e do Ministério Público, o governo do PT está reconstituindo a capacidade do Estado para atender às demandas do país por saúde, educação, infra-estrutura, segurança, desenvolvimento científico e tecnológico e proteção ambiental, dentre outras. Compreendemos que outros partidos e setores da sociedade tenham visão distinta sobre a melhor maneira de colocar o Estado a serviço do desenvolvimento econômico e social do país. Mas não podemos aceitar que o legítimo debate político desborde para a agressão, a injúria e a calúnia, como faz o editorial do Estado de S. Paulo de 27 de agosto.
Não há sentido algum mencionar "reconstituição de instituições públicas", pois o PT não fez nada disso. O que fizeram foi INCHAR, desnecessariamente, a máquina estatal.
Não é verdade que o PT ou a campanha da nossa candidata, Dilma Rousseff, tenham buscado ou recebido, por meios ilegais, informações sobre políticos e homens de negócios ligados ao candidato da oposição – nem mesmo por interpostas pessoas, como diz o editorial. Se a Folha de S. Paulo, em quem se socorre o editorial para repetir a afirmação infamante, teve acesso a dados sigilosos de quem quer que seja, cabe a ela apontar sua origem, antes de acusar o PT e a campanha.
A Folha já apontou as origens, já mostrou que os dados vazados eram, de fato, do vice-presidente do PSDB. Tudo isto já está mais do que confirmado, mas o PT faz de conta que não sabe, pois não tem como explicar. Tergiversa devido à incomPTência latente e rotineira.
Repetir sistematicamente que tenham “circulado na campanha” ou conformem um dossiê que ninguém viu; repetir sem amparo em fontes, provas, sequer indícios, é mau jornalismo. É antiético. É uma continuada falsidade. O PT não fez, não fará nem autoriza que em seu nome se faça qualquer ação fora da lei.
Diante da notícia de vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, fomos nós, do PT, que solicitamos a abertura de inquérito na Polícia Federal para esclarecer o fato.
Mentira, novamente. Quem pediu foi o próprio Eduardo Jorge. O PT só se manifestou mais de um mês depois, AFIRMANDO ter pedido tal investigação - mas não apresentou nenhuma prova. Agiu exatamente como afirma que a imprensa agiu, sem apresentar provas. Agiu da mesma forma que acusa Folha, Estadão, Veja, Globo e todo e qualquer órgão da imprensa agir quando surgem denúncias envolvendo alguém do PT.
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O texto acima eu havia escrito originalmente em 2010, mas acabei nunca publicando no blog.
Agora, com a notícia de que o Lulla passará a assinar uma coluna mensal para a agência de notícias do New York Times (o que é diferente de ter uma coluna mensal no jornal New York Times), lembrei desse rascunho jamais publicado.
Alguém mais se lembra quando o correspondente do New York Times no Brasil, Larry Rohter, publicou uma matéria afirmando, entre outras coisas, que o hábito de beber demais era um dos temores que cercavam o Lulla (então no primeiro mandato)?
O Lulla queria expulsar o jornalista do Brasil apenas porque ele escreveu a verdade sobre o presidente bêbado que jamais fez questão de esconder sua apreciação pela pinga e demais derivados.
O PT, na época, desceu a lenha no New York Times.
Mais uma vez, o PT prova que detesta democracia, detesta a imprensa - exceto, claro, se ela publicar o que pareça favorável ao agrupamento de bandidos travestidos de membros da Comissão de Constituição e Justiça.
28 de janeiro de 2012
10 de janeiro de 2012
A conivência da mídia com os escândalos brasileiros - o caso da Copa 2014
O jornalista Carlos Brickmann escreveu um artigo sobre as críticas feitas ultimamente em relação à construção do estádio do Corintians em Itaquera. O texto, na íntegra, está AQUI.
Agora posso tecer meus comentários. Aliás, farei os comentários de forma segmentada, discutindo ponto por ponto as afirmações do jornalista (DESTACADAS EM VERMELHO, seguidas pelas minhas observações).
1) O colega conhece alguém que tenha comprado carro à vista? Deve haver, mas o habitual é comprar a prazo, com financiamento por algum banco. Se alguém compra um carro financiado pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Panamericano, está usando dinheiro público? Não: usa um financiamento disponível no mercado, que será pago no prazo previsto e que, aliás, é o negócio do banco. Se não paga, o comprador responde a processo e pode perder o carro.
Em primeiro lugar, sobre este trecho, é importante esclarecer que o BNDES não pode ser comparado aos bancos comerciais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú etc). Independentemente da diferença no que tange ao controle (público ou privado), o BNDES não é um banco comercial, mas um banco de fomento. Isso faz uma diferença enorme!
Tenho certeza de que o jornalista sabe disso, pois é um homem bem informado. Mas não custa repetir: a função do BNDES não é emprestar dinheiro para comprarmos um carro – ou será que o jornalista conhece alguém que financiou seu carro no BNDES? Eu não conheço.
Quem busca o financiamento de um carro, hoje, paga juros extorsivos, e, caso não consiga honrar todas as parcelas, perde o bem (carro) e tudo o que foi pago. O BNDES, devido à sua natureza, tem um escopo de atuação bastante diverso deste. Vejamos o porquê.
O BNDES, por NÃO ser um banco comercial como o Banco do Brasil, Itaú ou CEF, trabalha de forma diferente daquela que geralmente a população média entende como “banco”. O próprio BNDES, em sua página na internet, informa:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e destina financiamentos não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico.
Art. 6º O capital do BNDES é de R$ 29.557.414.708,31 (vinte e nove bilhões, quinhentos e cinquenta e sete milhões, quatrocentos e quatorze mil, setecentos e oito reais e trinta e um centavos), dividido em seis bilhões, duzentos e setenta e três milhões, setecentas e onze mil, quatrocentas e cinquenta e duas ações nominativas, sem valor nominal. (Redação dada pelo Decreto nº 7.407, de 28.12.2010). (NR)
§ 1º O capital do BNDES poderá ser aumentado, por decreto do Poder Executivo, mediante a capitalização de recursos que a União destinar a esse fim, bem assim da reserva de capital constituída nos termos dos arts. 167 e 182, § 2º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, mediante deliberação do Conselho de Administração.
§ 2º A totalidade das ações que compõem o capital do BNDES é de propriedade da União.
§ 3º Sobre os recursos transferidos pela União destinados a aumento do capital social incidirão encargos financeiros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, a partir do recebimento dos créditos até a data da capitalização.
Art. 7º Constituem recursos do BNDES:
I - os de capital, resultantes da conversão, em espécie, de bens e direitos;
II - as receitas operacionais e patrimoniais;
III - os oriundos de operações de crédito, assim entendidos os provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela entidade;
IV - as doações de qualquer espécie;
V - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da União;
VI - a remuneração que lhe for devida pela aplicação de recursos originários de fundos especiais instituídos pelo Poder Público e destinados a financiar programas e projetos de desenvolvimento econômico e social;
VII - os resultantes de prestação de serviços.
Art. 8º O BNDES, diretamente ou por intermédio de empresas subsidiárias, agentes financeiros ou outras entidades, exercerá atividades bancárias e realizará operações financeiras de qualquer gênero, relacionadas com suas finalidades, competindo-lhe, particularmente:
I - financiar, nos termos do art. 239, § 1º, da Constituição, programas de desenvolvimento econômico, com os recursos do Programa de Integração Social - PIS, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970;
II - promover a aplicação de recursos vinculados ao Fundo de Participação PIS-PASEP, ao Fundo da Marinha Mercante - FMM e a outros fundos especiais instituídos pelo Poder Público, em conformidade com as normas aplicáveis a cada um; e
III - realizar, na qualidade de Secretaria Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND, as atividades operacionais e os serviços administrativos pertinentes àquela autarquia
§ 1º Nas operações de que trata este artigo e em sua contratação, o BNDES poderá atuar como agente da União, de Estados e de Municípios, assim como de entidades autárquicas, empresas públicas, sociedade de economia mista, fundações públicas e organizações privadas.
§ 2º As operações do BNDES observarão as limitações consignadas em seu orçamento global de recursos e dispêndios.
Sim, caro Carlos Brickmann, trata-se de dinheiro público. O BNDES empresta dinheiro PÚBLICO, com taxas de juros menores do que as praticadas no mercado (e especialmente menores se tomarmos por base as linhas de crédito disponibilizadas pelos bancos comerciais como Banco do Brasil, Panamericano, Bradesco, Santander, HSBC etc), mas isso tem uma razão: o BNDES apoia financeiramente projetos que tragam benefícios econômicos e sociais ao país, diferentemente dos bancos comerciais, que visam ao lucro. Obviamente, não há nenhuma crítica aqui, nem a estes, nem àquele. É importante, todavia, discernir que há uma diferença.
3) As arquibancadas que o Governo paulista promete alugar para ampliar a capacidade do estádio são pagas com dinheiro público. Como eram dinheiro público as arquibancadas que a Prefeitura alugava para as corridas de Fórmula 1 em Interlagos; como é dinheiro público o que é gasto na reforma do autódromo, a cada ano. Como era dinheiro público a reforma anual do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, quando lá se realizava o GP Brasil. Como é dinheiro público o subsídio às escolas de samba e o empréstimo dos ônibus que utilizam. É dinheiro público que apóia a Parada Gay, é dinheiro público que dá suporte de infraestrutura e segurança à Marcha para Jesus, é dinheiro público que paga o réveillon.
Ao que me consta, a Prefeitura, o BNDES ou mesmo a União não promovem reformas anuais na minha casa, certo? Nem deveriam, afinal, é a MINHA casa, um imóvel particular, e não público.
O imbróglio jurídico que envolve o terreno de 200 mil metros quadrados, cedido pela Prefeitura ao Corinthians em 1988, é de conhecimento do presidente Andrés Sanchez. "Ele (Andrés) veio ao MP em setembro, se reuniu conosco e se mostrou disposto a colaborar. Mas, de repente, foi apresentado à imprensa um estádio num terreno que está sub judice. Até agora não recebemos nenhum projeto. O Corinthians sabe que qualquer obra no local no momento tem impedimento legal", afirma Freitas. O promotor pede na ação a anulação da concessão da Prefeitura para o Corinthians."Quando recebeu o terreno, o clube tinha cinco anos para construir um estádio e não o fez. A Prefeitura também se omitiu de cobrar, mesmo depois de a Câmara Municipal em 2001 ter informado o descumprimento da lei", argumenta o promotor. Em 2001, moradores de Itaquera apresentaram uma representação aos vereadores da Comissão de Finanças na qual denunciavam que o terreno do Corinthians havia virado um depósito clandestino de lixo e de entulhos. Até hoje a área do terreno, vizinha ao centro de treinamento, é usada como abrigo de restos de materiais de construção e de lixo doméstico.(…) O juiz Ferraz de Campos declarou ontem que analisa o processo, cuja sentença deve ser emitida nos próximos meses. "Mas podemos analisar um acordo com as duas partes (Prefeitura e Corinthians), com alguma contrapartida para a população ou para o trânsito no entorno. Antes disso, qualquer intervenção que ocorra no terreno será alvo de um pedido de paralisação imediata na Justiça por nossa parte", acrescentou o promotor de Urbanismo.LINHA DO TEMPOHÁ 22 ANOS, ÁREA EM ITAQUERA FOI CONCEDIDA AO CORINTHIANS PARA CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO1 - 1988 - Lei 10.622 concede a área em Itaquera ao clube por 90 anos, com a construção do estádio em cinco como contrapartida.2 - 1993 - Passados cinco anos, a única obra feita pelo Corinthians no local em Itaquera foi a construção do Centro de Treinamento.3 - 2001 - CPI da Câmara pede devolução da área. Diretoria corintiana diz não ter recebido a escritura e promete estádio em 4 anos.4 - 2005 - Prefeitura ameaça cobrar taxa mensal de R$ 870 mil do clube para seguir com a concessão, mas medida acaba revogada.5 - 2010 - Em agosto, ao anunciar estádio, Andrés Sanchez desdenha da concessão. "Se eu quiser, esses 90 anos viram 150, 200 anos."
31 de agosto de 2010
Relembrando alguns fatos
Este vídeo é só para relembrar alguns fatos àqueles desavisados que podem até acreditar que o PT "defendeu" ou "apoiou" o Plano Real.
Mentira.
Para relembrar, sugiro MAIS ESTA LEITURA.
29 de agosto de 2010
A sucessão de cagadas da eleição 2010
Na semana passada, por pura coincidência, eu estava falando sobre POSICIONAMENTO DE MERCADO numa aula, na graduação.No dia anterior, eu havia visto a HORRENDA propaganda política do Tiririca (AQUI), e acabei usando o "slogan" dele como exemplo de posicionamento de mercado - conceito que pode ser aplicado a empresas, mas também a campanhas políticas.
Agora, ao dar uma geral nas notícias, leio a seguinte:
De passagem por Ribeirão Preto (a 313 km de SP) neste sábado, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, afirmou que os tucanos deixam a desejar quando se trata de divulgar as próprias ações.
Ao lado de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, Serra discursava na inauguração de um comitê eleitoral e fazia comparações entre PSDB e o PT quando afirmou: "O nosso partido faz, mas não é muito bom de marketing. Para o [ex-governador Mário] Covas eu dei nota 2,5 em marketing. O Geraldo Alckmin foi 4 e, no meu governo, 5."
O texto da Folha está AQUI na íntegra. O título da matéria é sugestivo: Para Serra, PSDB 'não é bom de marketing'.
Bom, excluindo-se o erro conceitual da repórter, que parece achar que "marketing" é sinônimo de "propaganda" (erro que, me parece, foi cometido pelo Serra também, e aliás é muito comum), achei coincidência porque, no rastro do exemplo do posicionamento da campanha do Tiririca que usei em sala, eu acabei mencionando outras campanhas políticas também. A do Serra foi uma delas.
Em linhas gerais, o que eu disse na aula foi o seguinte: o Serra (e o PSDB no geral) está absurdamente fora de rumo, devido à inexistência de um posicionamento claro.
Ele quer se colocar como oposição do (des)governo Lulla ou como continuidade? Na entrevista concedida ao Jornal Nacional, esta pergunta foi feita de maneira clara, objetiva e direta. A resposta dele, por outro lado, deixou a desejar.
Aliás, "deixou a desejar" é eufemismo.
A resposta dele deixou claro que ele (e seu partido) não têm NENHUMA idéia sobre o seu posicionamento nesta campanha. Eis o vídeo:
Quem, como eu, desejava uma forte oposição à desgraça do PT, está sem opção.
Se tem uma coisa que o PSDB precisa aprender é que usar argumentos claros, lógicos e racionais para desmontar a farsa do PT não resolve.
Primeiro, porque o PSDB viu o Lulla e seu séquito de asseclas ignóbeis roubar o crédito de grande parte das iniciativas de FHC - além do Bolsa Família (que se chamava Bolsa Escola). No debate Folha-UOL, a Dilma chegou ao cúmulo de afirmar taxativamente que o PT acabou defendendo e apoiando o Plano Real - uma mentira deslavada. Mas que ninguém contestou!
Como é que o PSDB deixa passar em brancas nuvens uma mentira dessa magnitude?
Por que eles deixam a Dilma mentir tão descaradamente?
Falta de posicionamento.
Falta de clareza sobre qual posição o PSDB deveria (ao menos em tese) ocupar no espectro político.
Segundo, porque o PSDB deixou, durante OITO ANOS, que o Lulla e o PT fizessem o que bem entenderam, abrindo mão das ações inerentes àquilo que deveria ser uma OPOSIÇÃO.
E o PT aproveitou!
Aparelhou sem pudores o Estado, usou dinheiro público para mensalões, Aero-Lulla, e outras coisas mais; colocou sindicalistas, amigos e defensores em cargos públicos, o que, como consequência, elevou as receitas auferidas pela doação de parte dos salários aos filiados do PT; fez turismo, desfilou ao lado de presidentes, chanceleres, reis e rainhas (tudo às custas dos contribuintes, que só viram a carga tributária aumentar, vorazmente).
Enquanto tudo isso acontecia, o PSDB calou. Em alguns momentos, aliás, fez pior: preferiu promover brigas internas, na sanha de massagear egos.
Neste sentido, aliás, o texto da Barbara Gancia publicado na Folha da última sexta está irretocável: AQUI, na íntegra para assinantes.
Terceiro, porque graças à herança do FHC, o Lulla transformou os resultados das ações do PSDB em frutos do SEU (des)governo! A PTralhada repetiu à exaustão o termo "herança maldita", mas era tudo mentira. Lorota.
Porém, o PSDB deixou isso acontecer! Em 2006, na eleição, quando o PT colou no Alckmin o "fantasma da privatização", ninguém no PSDB se deu ao trabalho de defender a privatização de diversos setores realizada nos anos FHC. Ninguém se deu ao trabalho de explicar que foi graças à privatização do setor de telefonia, por exemplo, que o Brasil vem conseguindo bater recorde sobre recorde na expansão dos celulares, no barateamento dos telefones fixos, na universalização de serviços básicos de comunicação....
Tão simples, mas nem isso conseguiram!
Quarto e último, porque nunca vi, nos meus parcos 35 anos de vida, uma eleição tão sonsa e vazia como esta.
As pessoas não têm interesse em discutir os rumos do país, e os candidatos (NENHUM) não têm interesse e/ou competência para discutir políticas públicas sérias, factíveis. Tenho visto discussões inócuas sobre factóides débeis (PAC, Minha Casa Minha Vida, PNDH etc), mas nenhuma palavra sobre questões reais, factíveis, verídicas, tangíveis.
Esta imobilidade da população como um todo gera riscos.
O caso da violação do sigilo fiscal de membros da campanha tucana (as notícias são fartas e frescas, AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI), noutros tempos, seria um verdadeiro escândalo. Hoje, não.
Parece que todos estão vendo ações escabrosas do PT, mas ninguém mais se importa.
Fernando Collor de Mello sofreu impedimento legal da Presidência da República por muito menos.
Aonde estão os "caras-pintadas"?
Aonde está a indignação dos artistas, outrora tão engajados?
Aonde estão aqueles que lutaram contra a ditadura militar?
Aonde estão os brios daqueles que não desejam que o governo (qualquer um) tenha a prerrogativa de vasculhar sua privacidade por conveniência político-eleitoral?
Aonde estão os defensores da liberdade e dos direitos humanos? Ou será que o sigilo fiscal deixou de ser um direito constitucional?
Há, obviamente, aqueles que enxergam exagero ao fazer ligação entre as ações do PT e uma eventual ditadura.
Eu discordo.
O vídeo abaixo, exceção feita ao final (uma montagem com textos mal escritos e uma música brega, cafona demais), serve de material bastante claro para mostrar que há razões de sobra para preocuparmo-nos com as ações sistemáticas do PT (e/ou de suas facções, internas ou externas) contra a liberdade de expressão:
Além disso, recomendo a leitura (atenta) dos seguintes textos: AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, e AQUI.
Complementarmente, para contextualizar o medo que o PT tem da democracia (de verdade), mais alguns: AQUI (chamo a atenção para o comentário feito pela "Silvia", um show de democracia!), AQUI e AQUI.
Finalmente, uma leitura IMPERDÍVEL é este artigo AQUI.
Se juntarmos os pedaços, as partes, teremos uma imagem clara.
A imagem não é bonita.
Por tudo isso, e muito mais, concordo com esta carta AQUI.
8 de junho de 2010
18 de março de 2010
Contra-senso
"Graças à seção 'À mesa com o Valor', publicada no suplemento Eu& Fim de Semana, ficamos sabendo que a artista plástica Beatriz Milhazes, que tem uma obra vendida por mais de US$ 1 milhão e várias outras expostas no Museu de Arte Moderna (MoMA) de NY e na Galeria Tate de Londres, almoça em restaurante de comida a quilo a custo inferior a R$ 65 para duas pessoas. Já o funcionário público Marco Aurélio Garcia, esquerdista histórico e conselheiro do rei, não dispensa jantar dez vezes mais caro no Gero."Paulo Beltrão Fraletti
5 de março de 2010
Tributo aos Suplicy
Em homenagem a ela e ao ex-marido, faço este TRIBUTO (fica feio dizer "faço este imposto", ou "faço esta taxa"):
Exemplos de ações arrecadatórias - gestão Marta Suplicy:
IPTU: progressividade e aumento além da inflação acumulada no período;
Taxa do Lixo;
Taxa de Iluminação;
Taxa Fiscalização de Anúncios;
Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos;
Incremento do ISS;
Aumento da tarifa do ônibus;
Aumento do talão Zona Azul;
Taxa para caminhões entrarem no Centro;
Aumento do número de radares;
Taxa do "elevador";
Taxa dos "corredores" - permissão onerosa para funcionamento de estabelecimentos irregulares;
Taxa da água e cobrança de ISS da SABESP;
Anistia onerosa a imóveis irregulares;
Lançamento de obras públicas como cruzamentos da Av. Faria Lima com Cidade Jardim e Rebouças, na Av. 9 de Julho no último ano da Prefeitura antes das eleições municipais.
Enquanto isso...
1.. Não abriu nenhum leito na rede hospitalar municipal;
2.. Diminuiu de 30 para 25% do Orçamento os gastos estritos com educação;
3.. Apesar de ter aumentado a tarifa, retornou com a prática de subsídios ao transporte;
4.. Dobrou a verba de publicidade em 2003, saltando de R$25 milhões para R$ 41 milhões;
5.. Base aliada impediu projeto que reduzia gastos do TCM;
6.. Base aliada impediu a instalação da CPI dos transportes;
7.. Criou mais de 1500 novos cargos de confiança na administração;
8.. Mostrou roupas caras compradas da Daslu e sapatinhos Salvatore Ferragamo para o povo ver e dar palmas a ela.
Faltou dizer que arrumou um belo empregão de R$ 25.000,00 mensais para o maridão (Luiz Favre à época).
21 de fevereiro de 2010
Coincidências e pesos
Notícia fresca:O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por recebimento de doações consideradas ilegais na campanha de 2008. A decisão, em primeira instância, torna Kassab o primeiro prefeito da capital cassado no exercício do mandato desde a redemocratização, em 1985. Como o recurso tem efeito suspensivo imediato, os dois podem recorrer da sentença sem ter de deixar os cargos.
Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha, dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Silveira disse neste sábado, 20, ao Jornal da Tarde que já julgou os processos de Kassab, nove vereadores e dos candidatos derrotados na eleição à Prefeitura em 2008, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), todos alvos de representação do Ministério Público Eleitoral (MPE), mas que não poderia informar quais dos réus foram cassados antes da publicação, na terça. Falta julgar o presidente da Câmara Municipal, Antonio Carlos Rodrigues (PR), e duas empresas acusadas de repasse ilegal.
O juiz afirmou, contudo, que manteve nas suas decisões o mesmo entendimento que levou à cassação de 16 vereadores no fim do ano passado. No caso, todos os políticos que receberam acima de 20% do total arrecadado pela campanha de fonte considerada vedada foram cassados. "Se passou de 20%, independentemente do nome, tenho aplicado a pena por coerência e usado esse piso como caracterizador do abuso de poder econômico na eleição, um círculo vicioso que dita a campanha e altera a vontade do eleitor", afirmou Silveira.
Além de cassar o diploma do prefeito e da vice, a sentença os torna inelegíveis por três anos. Dos 13 vereadores que aguardavam a decisão da Justiça Eleitoral, dez ultrapassavam o limite em doações consideradas ilegais. São eles: o líder do governo, José Police Neto (PSDB), Marco Aurélio Cunha (DEM), Gilberto Natalini (PSDB) e Edir Sales (DEM), da base governista, e os petistas Antonio Donato, Arselino Tatto, Ítalo Cardoso, José Américo e Juliana Cardoso, além de Rodrigues (PR).
A matéria, na íntegra, está AQUI.
A primeira coisa estranha (será coincidência?) a se apontar é que neste ano a justiça resolveu QUASE SIMULTANEAMENTE punir 2 nomes do DEM: o governador de Brasíia, e agora o prefeito de SP. Dois cargos com bastante visibilidade....
Acho particularmente estranho que o PT não tenha sido punido até hoje.... Afinal, o responsável pela campanha do PT de 2002, Duda Mendonça, assumiu publicamente (numa CPI, para ser mais exato) ter recebido R$ 10 milhões (coincidentemente, o mesmo valor apontado como "ilegal" na campanha do Kassab) de forma ilegal - através de uma conta no exterior.
Por lei, isto seria suficiente para cassar o registro do partido, tornando-o uma legenda à margem da lei. Isto deixaria o Presidente da República sem partido!
Nada contra a aplicação rigorosa da lei.
Mas que ela seja aplicada de forma equânime, não é ?!
Por que o DEM está sendo punido, mas o PT não?????
Aliás, o PSDB também deveria ser punido pelo mensalão mineiro - e, até agora, NADA.
Dois pesos e duas medidas: quando o PT é apanhado com a mão na botija, grita-se "Golpe!". Quando PSDB ou DEM são pegos com a mão na botija, aí então o PT grita "Justiça!".
POR QUE essa diferença??? Coincidência?????
Será que existe alguma relação com o fato de estarmos em ano eleitoral? Afinal, a eleição do Kassab foi em 2008 - ninguém fez nada desde então????
O mensalão do PT foi descoberto em 2005, quando o Duda Mendonça confessou o crime. Já se passaram 5 anos e o PT não sofreu nada..... José Dirceu voltou para a Executiva nacional, Genoíno, Delúbio e demais envolvidos estão por aí, serelepes, mamando nas tetas do Brasil - exemplos perfeitos de chupa-sangue.
Isso sem falar em outros crimes cometidos pelo PT - e são vários! Para citar um exemplo, da mesma época da eleição do Kassab, cito ESTE. Mas poderia citar também ESTE AQUI.
Como são de 2008, deve-se imaginar que ambos cheguema um veredito mais ou menos na mesma época, não?! Cadê o veredito do PT, então?????
E, por falar em diferença (ou seria também coincidência?!), um pilantra aparece, no twitter, festejando a decisão da justiça sobre o Kassab, AQUI.
A corja de boçais que defende o PT é reforçada por nomes como Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif - dois pseudo-jornalistas que, como suas biografias comprovam, mudam de lado conforme lhes pagam mais.
Quanta falsidade, hein, PTralhas?!