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12 de junho de 2013

iPhone e Blackberry: acabou a rivalidade?

Aproveito que nesta semana houve o lançamento do novo sistema operacional de dispositivos móveis da Apple (iOS7) para reproduzir um artigo muito bom, que li originalmente no Valor, mas fora publicado pelo Wall Street Journal:

Com o BlackBerry perdendo reiteradamente a briga para smartphones cheios de aplicativos nos últimos anos, já era hora de uma resposta definitiva da presidência da empresa.
Na Research In Motion Ltd. (RIM), no entanto, a coisa era complicada. A fabricante do BlackBerry tinha dois diretores-presidentes. Para piorar, cada um trabalhava em um lugar - estavam a uns dez minutos de carro um do outro. Reuniões com os dois presentes eram raras, contam ex-executivos da RIM e gente que já trabalhou com a empresa.
Muitos fatores se combinaram para que a RIM anunciasse ontem o primeiro prejuízo operacional em sete anos (a empresa fechou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de US$ 518 milhões). Mas um deles certamente foi a dupla personalidade na sala da presidência, dizem ex-executivos. Com investidores fazendo crescente pressão sobre a empresa, um dos cabeças, o fundador Mike Lazaridis, só pensava em lançar uma nova geração do BlackBerry com um novo sistema operacional. Já o outro presidente, Jim Balsillie, resolveu investir em outra estratégia, cuja meta era o licenciamento de certas tecnologias exclusivas da empresa.
 
Hoje, nenhum dos dois está na presidência. A dupla foi substituída em janeiro por Thorsten Heins, velho braço-direito de Lazaridis que está cortando custos. Segundo ele, a RIM está empenhada em lançar, mesmo com atraso, o novo BlackBerry no primeiro trimestre de 2013. Mas Heins já contratou bancos de investimento para explorar alternativas e não descarta a venda da empresa, cuja ação caiu quase 70% em 12 meses e derrubou o valor de mercado da RIM para menos de US$ 4 bilhões - menos de uma décima quinta parte do valor em seu auge.
A RIM ainda tem um colchão de liquidez confortável, de mais de US$ 2 bilhões. E não tem dívida, o que lhe dá certa folga para lançar o novo aparelho, com um sistema operacional chamado BlackBerry 10 que, segundo a empresa, "será o padrão para a computação segura em plataformas móveis". Segundo uma pessoa por dentro da situação, a RIM informou aos bancos que a assessoram que está focada no lançamento. Se o celular emplacar, deve recuperar parte do valor perdido. E a nova tecnologia ajudaria no caso de venda ou de parceria futuras, disse essa mesma pessoa.
 
De acordo com entrevistas com mais de dez ex-executivos da RIM e profissionais do setor próximos à empresa, a dificuldade atual ali dentro é fruto da confiança cega no BlackBerry como produto. Na descrição dessas pessoas, esse problema foi agravado por um arrastado debate interno sobre quem seria o principal cliente da empresa; pelo lançamento de uma série de aparelhos que tentaram, em vão, equiparar-se aos rivais; e por conflitos entre distintas áreas da empresa.
 
Lá atrás, a RIM apostou que tanto o cliente corporativo como o individual continuariam a preferir o e-mail fácil de usar do BlackBerry à profusão de recursos e aplicativos no iPhone, da Apple Inc., e de celulares com o sistema operacional Android, da Google Inc. Até quando viu a clientela começar a se afastar do BlackBerry, a RIM hesitou em agir.
A certa altura, a RIM se aliou a operadoras de telefonia que temiam o domínio da Apple para fazer frente ao iPhone. Os modelos nascidos dessa colaboração, porém, não conseguiram gerar a mesma empolgação do iPhone.
A certa altura, executivos da RIM foram buscar talento fora da casa - o que só aumentou a tensão nos quadros de uma empresa onde Lazaridis e Balsillie já tinham feudos, dizem ex-executivos da RIM e profissionais que trabalharam com a empresa. Segundo eles, as duas equipes às vezes batiam de frente, sobretudo à medida que a RIM ia perdendo mais e mais terreno no mercado de smartphones.
 
A RIM informou que a caracterização de "dupla personalidade" não condiz com a realidade. "Como em qualquer empresa inovadora, houve momentos em que pessoas na organização divergiram, mas essa não era a norma", lia o comunicado.
"A estrutura na presidência funcionou bem por muitos anos e permitiu que cada um dos copresidentes se concentrasse na área em que era forte", acrescentou a RIM. "Os dois sempre tiveram uma relação de trabalho profissional e eficiente e sempre estiveram em direta comunicação".
 
Pouco depois de assumir o comando, no início do ano, Heins suspendeu as iniciativas de licenciamento de Balsillie. A RIM informou que não comenta deliberações internas de caráter fechado. "Toda empresa de sucesso tira lições de cada situação e usa isso para seguir avançando", disse Lazaridis, observando que ele e Balsillie "sentiram que era o momento certo na trajetória da RIM para entregar o comando a outra pessoa". Balsillie não respondeu a pedidos de entrevista.
A RIM não disponibilizou Heins para uma entrevista.
 
A RIM basicamente inventou o e-mail no celular. Fundada por Lazaridis em 1984 com US$ 15.000 emprestados pelos pais, a empresa chegou a ter um valor de mercado de mais de US$ 80 bilhões em seu apogeu, em 2008.
Balsillie - que se uniu à RIM em 1992 após ter considerado a aquisição do controle da empresa - e Lazaridis viraram os bilionários mais famosos do Canadá.
 
Por trás do sucesso estava a busca inarredável de Lazaridis de uma engenharia robusta e de inovação e a meta de expansão no mercado de Balsillie. Ex-executivos afirmam, contudo, que a empresa também tinha uma aversão a qualquer inovação que não reforçasse seus grandes pontos fortes: a rede exclusiva e a fama de segurança do sistema.
Lá atrás, a esmagadora maioria dos clientes da RIM eram empresas, que forneciam o BlackBerry ao pessoal para a comunicação por e-mail. Mas o número de usuários comuns foi crescendo - gente em geral interessada em recursos como câmera, games, internet. A RIM lançou celulares com câmera e MP3, incluindo o Pearl em 2006 e o Curve em 2007- ano em que debutou o iPhone. Ainda assim, operadoras de telefonia parceiras da RIM temiam que a enorme popularidade do iPhone pudesse dar à Apple um poder desmedido no mercado.
Executivos da RIM tampouco deram atenção a alarmes disparados internamente. Em 2010, a divisão de vendas fez um estudo sobre o futuro do teclado táctil, o celebrado recurso de digitação do BlackBerry. O relatório alertou que, na era de aparelhos da Apple com navegação virtual, o teclado teria espaço cada vez menor no mercado, contou uma pessoa a par do estudo segundo a qual o alerta foi ignorado.
 
Naquele mesmo ano, Balsillie perguntou numa reunião se a RIM devia se preocupar com uma nova tendência: o usuário que levava o celular próprio para o trabalho. Alguns executivos disseram que a tendência trazia risco; outros disseram que não havia por que se preocupar. Balsillie fechou com esta última opinião, disse uma pessoa próxima à empresa.
Os dois presidentes se reuniam com bastante regularidade e usavam mensagens instantâneas e o telefone para trocar ideias. Já quando a RIM passou a ter problemas o mais comum era que cada um estivesse operando em mundos muito distintos, segundo essas pessoas - que dizem ainda que as equipes de cada um não se comunicavam bem (quando se comunicavam).
No fim de 2011, a ação da RIM tinham descido ao menor nível em oito anos. No dia 22 de janeiro, o conselho, também encabeçado por Lazaridis e Balsillie, anunciou que os dois deixariam o comando. Balsillie deixou o conselho. Lazaridis ainda é seu vice-presidente não executivo. A RIM anunciou ontem que vai cortar de 5000 vagas até o fim do ano.

O artigo é de Junho de 2012, ou seja, quase um ano atrás.
E, por falar em "velharia", também em 2012 eu escrevi esta análise AQUI, sobre o processo de lançamento de produtos da Apple. Tudo o que eu escrevi ali continua valendo - e foi exatamente o que aconteceu na última segunda-feira, quando a Apple anunciou o iOS7.

Interessante que tenho lido muita gente afirmando que a Apple "perdeu o brilho", que não está conseguindo inovar a ponto de manter-se com o valor de mercado astronômico (as ações que chegaram a valer US$ 700 o lote estão, hoje, na casa dos US$ 400) etc.

Bobagem.
Com o iPhone, e depois com o iPad, a Apple revolucionou, sim, o mercado.
Ela não inventou celular touch-screen, nem sequer inventou o conceito do "tablet". Porém, ela conseguiu transformar conceitos que já existiam em produtos NOVOS, úteis, práticos, integrados ao ecossistema que ela mesma criara (iTunes, AppStore).
Ela revolucionou o mercado de telefonia, e criou o MERCADO (não o produto!) de tablets - que hoje é disputado por Samsung, Acer, Sony, Dell etc.

Ora, será que esse pessoal que reclama tanto da Apple acha mesmo que criar produtos é coisa corriqueira, que pode ser feita a cada seis meses?
A Apple criou o mercado de tablets - e o pessoal por acaso acha que é possível ou viável "criar um mercado novo" por ano?

Recomendo a leitura deste breve artigo AQUI.

1 de maio de 2013

Aplicativos de mensagens: aliados ou inimigos ?

Notícia muito interessante publicada no blog Link do Estadão:

O número de mensagens enviadas por aplicativos como o WhatsApp superou o volume de SMS enviado no ano passado em todo o mundo e deve dobrar até o fim deste ano, diz um estudo divulgado pela consultoria europeia Informa.

Em 2012, foram 19 bilhões de mensagens enviadas por dia por meio desses aplicativos, contra 17,6 bilhões de SMS. O contraste será ainda maior em 2014, quando serão enviados 21 bilhões de SMS contra 50 bilhões de mensagens via apps.

Apesar do crescimento desses aplicativos no mercado, os dados mostram que o volume de SMS vai continuar aumentando. Isso se explica, entre outros motivos, porque os usuários desses apps não deixam de usar SMS para se comunicar, por exemplo, com aqueles que ainda não possuem um smartphone.

A situação para as operadoras de telefonia, no entanto, fica cada vez mais difícil. O IDC divulgou na semana passada que no primeiro trimestre deste ano as vendas de smartphones superaram pela primeira vez a venda dos ”feature phones”, como são chamados os celulares tradicionais. Do total de 418,6 milhões de celulares que saíram das fábricas, 51,6% eram smartphones.

Chama a atenção o fato de que o número de usuários de apps de mensagens é bem inferior ao de usuários de SMS. A Informa estimou que atualmente seis dos mais famosos aplicativos no mercado (WhatsApp, BlackBerry Messenger, Viber, Nimbuzz, iMessage e KakaoTalk) possuem, juntos, 586,3 milhões de usuários, ante 3,5 bilhões de usuários de SMS em 2012.

Os dados sobre o crescimento desses aplicativos se tornam ainda mais assombrosos quando se considera que esses apps chegaram ao mercado há cerca de cinco anos, enquanto o SMS completa 20 anos de existência.

Para a Informa, as operadoras de telefonia móvel precisam tomar medidas rápidas se quiserem conter a diminuição da receita com SMS. Uma saída para elas, segundo a empresa, seria investir em apps de mensagens próprios para concorrer nesse mercado. A Telefônica, por exemplo, lançou no Reino Unido o Tu Go, aplicativo que permite o envio de mensagens e a realização de chamadas telefônicas a partir de uma conexão com a internet.

Trata-se de uma tendência num mercado em plena ascensão: no mundo inteiro, pessoas estão trocando seus celulares antigos pelos modelos conhecidos como "smartphones", os celulares inteligentes - que têm diversos aplicativos variados, e tentam, em maior ou menor grau, substituir um computador com a facilidade de ser móvel, caber no bolso/a.

Enquanto isso, as operadoras de telefonia móvel têm razões de sobra para se preocupar: pacotes de SMS tendem a ser menos procurados, o que afeta a receita das telefônicas.

Elas devem se unir à tendência e fazer parcerias com apps de mensagens, ou devem "brigar" com a tendência?

É preciso considerar o seguinte: os clientes de telefonia celular no Brasil têm péssimas avaliações das operadoras - ligações cortadas, ausência de sinal, lentidão da internet móvel, cobranças erradas etc… Diante de tal grau de insatisfação generalizada, aplicativos que não tenham vínculo com nenhuma operadora teriam uma vantagem competitiva, certo?

Depende.

A matéria cita o serviço lançado pela Telefonica no Reino Unido (Tu Go). Infere-se que a Telefonica avaliou que não poderia ficar de fora do mercado de mensagens via internet - a empresa considera estes aplicativos um complemento (ou talvez EVOLUÇÃO) do tradicional serviço de SMS. Ela passa a ter, assim, 2 fontes de receita: o tradicional SMS e o novo aplicativo do tipo WhatsApp. Desta forma, se o mercado de SMS realmente desaparecer (ou se sofrer uma redução drástica em termos de volume), a empresa garantiria uma outra fonte de receita com um serviço cujo objetivo central satisfaz a mesma necessidade (mensagens instantâneas, via celular).

Por outro lado, considerando-se o grau de insatisfação dos clientes brasileiros, é de se imaginar se as pessoas aceitariam usar um serviço que carregue o nome/marca da Vivo, TIM, Claro ou Oi.
Ora, o sujeito está irritado com a operadora (qualquer que seja) porque a ligação vive caindo, ou nunca tem uma conexão rápida à internet - então, esse  sujeito dificilmente vai acreditar que o aplicativo da sua operadora possa ser muito melhor.

Enquanto as operadoras não obtiverem uma avaliação mais favorável por parte dos clientes, associar sua marca a um aplicativo concorrente do iMessage ou WhatsApp não me parece uma boa idéia - inclusive porque estes aplicativos dependem da disponibilidade de conexão à internet móvel.

 

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15 de abril de 2012

Unificação das marcas Telefonica e Vivo - uma homenagem

A partir de hoje, a marca Telefonica passa a ser substituída pela marca Vivo. Os detalhes podem ser lidos AQUI.

Minha singela homenagem à Telefônica, ops, à Vivo:


11 de setembro de 2009

Facilitando os elogios dos clientes: satisfação para fidelizar

Trechos da newsletter que recebi do Pepers & Rogers Group:
As experiências reais dos clientes já são mais importantes que mensagens enviadas na mídia. Num mundo conectado em tempo real, as opiniões de usuários na Internet, ou que recebemos de amigos via Twitter sobre um produto ou empresa, tendem a ser fator mais decisivo numa decisão de compra do que, por exemplo, os anúncios dessa empresa na mídia (para os leitores de São Paulo, pensem no Speedy). Para superar uma opinião circulada nas comunidades e redes sociais, uma empresa teria de investir um volume astronômico de recursos sem garantia de virar o jogo.

De acordo com um estudo realizado pela Deloitte & Touche, nos Estados Unidos, em 2007, 62% dos internautas acessam opiniões de consumidores antes de irem às compras, e, destes, 82% são influenciados por análises.

Pensando na importância deste fenômeno, foi criado o ElogieAki, o primeiro site no Brasil desenvolvido para o consumidor divulgar sua satisfação. Atenção: apenas a sua satisfação, ou seja, o site – como seu nome indica – serve para elogiar empresas que conseguiram entregar uma boa experiência ao cliente, na opinião do próprio cliente.

"Diante deste novo cenário, as empresas precisam estar atentas ao novo perfil do consumidor. O ElogieAki foi criado justamente para disseminar as boas práticas e experiências positivas dos consumidores, além de servir como um indicador para as empresas", comenta Ana Fontes, sócia e diretora do site ElogieAki.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida por Ana Fontes, diretora do ElogieAki, ao Peppers & Rogers Group.

Você acha que elogiar é um traço natural na cultura do consumidor brasileiro?
AF: Não é de fato um traço natural. O consumidor brasileiro , assim como todos, tem uma tendência a ser mais crítico, ou seja, é mais fácil criticar do que elogiar sem dúvida. É isso que torna o site interessante.

Algumas empresas utilizam a seguinte pergunta como um forte indicador de satisfação e fidelidade: 'Você indicaria nossos produtos e/ou serviços a amigos ou colegas de trabalho?'.
O Elogieaki serviria como um indicador externo desse tipo para as empresas?
AF: Sem dúvida. Quando um consumidor dispõe de seu tempo para elogiar uma empresa, ele o faz porque está de fato satisfeito e quer que outras pessoas saibam disto. Ao colocar o seu nome recomendando uma empresa num veículo de comunicação público, o cliente demonstra claramente a satisfação que tem com a empresa e nesse momento ele torna-se um "advogado" dela.

Como o leitor que consulta o Elogieaki pode estar seguro da neutralidade das opiniões que são colocadas no site?
AF: As postagens são feitas pelos próprios consumidores que tem que responder um cadastro com informações básicas, incluindo CPF. Além disto o consumidor tem que aceitar um termo de adesão, se responsabilizando pela informação. Isto sem dúvida inibe eventuais desvios. Além do que, nós do ElogieAki, ficamos sempre atentos aos posts e a qualquer sinal de desvio, retiramos o post e informamos o consumidor sobre os motivos. Além disto, é importante destacar que o ElogieAki é um veículo de comunicação como um jornal, revista ou portal e por conta disto a postagem de elogios e de notícias do site é conteúdo jornalístico.
Bom, fui conhecer o tal site, AQUI.
Achei a idéia MUITO BOA. Decerto passarei a usar.

Mas, ao mesmo tempo, preciso registrar um e-mail que recebi da assessoria de imprensa da Telefônica.
Ontem, o Ricardo me enviou o seguinte e-mail:
Olá Carlos, tudo bem?

Gostaria de te passar o posicionamento da Telefônica diante da queda do serviço de voz, nesta última terça-feira, dia 8.
---
Nota à Imprensa

A respeito das dificuldades no completamento de chamadas telefônicas na capital e cidades da Grande São Paulo, ocorridas na manhã de anteontem (08/09), a Telefônica informa:

1 – Desde anteontem, a situação está totalmente normalizada, tanto para clientes residenciais, quanto para as empresas. As dificuldades, iniciadas às 11h00, foram sanadas às 12h10, exceto para alguns serviços corporativos, como os de prefixo 0800. Estes serviços empresariais foram sendo restabelecidos gradativamente, até a completa normalização, em torno das 18h00.

2- A Telefônica ressalta que os trabalhos de estabilização do serviço de voz priorizaram o restabelecimento dos serviços telefônicos de utilidade pública, que foram os primeiros a voltarem ao funcionamento normal.

3– Os serviços de voz no interior e litoral do Estado de São Paulo não foram afetados. Outros serviços, como o de banda larga Speedy, também não foram atingidos, em nenhuma região do Estado de São Paulo.

4 – Após o encerramento dos trabalhos de estabilização completa dos serviços, a Telefônica concentrou-se – na noite de terça-feira, madrugada e ao longo desta quarta-feira (09/09) - na coleta de informações, inclusive junto aos fornecedores, para encontrar as causas do problema.

5 – Além disso, a Telefônica informa que, atendendo à legislação e à regulamentação vigentes, realizará o desconto referente às falhas no completamento de chamadas, de acordo com o que determina o artigo nº 32 da resolução nº 426 da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) – ou seja, será equivalente a um dia de assinatura ou da mensalidade (no caso de planos alternativos).

6- O ressarcimento ocorrerá automaticamente, a partir do próximo ciclo de faturamento, de acordo com o calendário de vencimentos. Ele será concedido para todos os clientes da área com código de chamada 11. Não é necessário ligar para a empresa para ter direito a este desconto.

7 - Em relação aos clientes corporativos, a Telefônica já iniciou diálogo para definir os descontos aplicáveis a cada um deles, de acordo com as disposições contratuais e comerciais estabelecidas.
Bom, fica o registro da comunicação da Telefonica - se bem que nós todos sabemos que não adianta contratar 200 assessorias de imprensa enquanto a empresa não tiver NENHUMA preocupação com o cliente.
Só quem é cliente da Telefonica, como eu, que sabe o quão deploravelmente ruim é esta empresinha.
E não estou sozinho nessa - muito pelo contrário:
O governo de São Paulo avalia alternativas para não deixar mais sua infra-estrutura de telefonia dependente exclusivamente dos serviços da Telefônica. A afirmação foi feita pelo secretário da Justiça e Defesa do Cidadão, Luiz Antônio Marrey, ao falar sobre o apagão que afetou a telefonia na cidade de São Paulo na terça-feira (8). Na ocasião, serviços essenciais como o telefone 190 da Polícia Militar e 193 da Defesa Civil foram afetados pela pane que calou as linhas fixas da Telefônica na cidade.

Entre as alternativas sob análise estão a substituição do atual fornecedor (no caso, a Telefônica) ou ainda a contratação de uma segunda empresa de telefonia. Neste caso, os serviços essenciais ficariam melhor protegidos, pois se um fornecedor falha, é possível continuar operando com a segunda empresa e vice-versa.

O tema já esteve na pauta do governo paulista em 2008, quando uma pane no Speedy deixou repartições públicas e a rede de TI da Polícia Militar sem conexão com as centrais por mais de um dia. Apesar das discussões, no entanto, não houve mudanças na infra-estrutura de TI do governo para incluir uma segunda empresa na prestação de serviço ou mesmo trocar de fornecedor.

O fato da telefonia fixa da Telefônica ter falhado pela segunda vez no ano foi citado pelo secretário Marrey como um argumento para a mudança. Segundo Marrey, não é possível o Estado depender de um fornecedor que "dá pane a cada seis meses".

A Telefônica é a fornecedora de serviços de telefonia para o governo paulista desde a privatização das teles no Brasil, nos anos 90, quando o grupo assumiu a infraestrutura da antiga Telesp, empresa estatal de comunicações.

A substituição simples da companhia espanhola como fornecedora do governo é improvável, pois em vários municípios paulistas a empresa é a única a operar serviços de telefonia fixa e banda larga.
Sim, é difícil fazer esta substituição. Mas não é tão difícil assim iniciar um processo que resulte no aumento da concorrência - por exemplo, abrindo espaço para que outras empresas disputem o mercado.

Quem sabe, desta forma, a telefonia deixa o topo do ranking de reclamações do Procon, e possa, algum dia, vir a aparecer no "ElogieAki"......

29 de junho de 2009

Telefônica: recordista

Dando sequência aos posts que tratam da Telefônica, não posso deixar de registrar uma extensa matéria publicada na Folha de São Paulo neste domingão (na íntegra, AQUI, para assinantes).
Alguns trechos:
Levantamento exclusivo obtido pela Folha mostra que o número de reclamações de assinantes da Telefônica registradas na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) cresceu 84% em um ano. Em abril, o órgão regulador recebeu 35.932 queixas contra os serviços de telefonia fixa e de banda larga prestados pela Telefônica, ante 19.443 registradas em abril do ano passado. As queixas mais frequentes são de cobrança indevida e de problemas de reparo nas linhas.

Em julho de 2008, quando houve o primeiro apagão do Speedy, os assinantes da Telefônica fizeram 9.775 queixas contra o serviço na agência. À época, a banda larga tinha 2,29 milhões de clientes. Em abril deste ano, foram 13.612 reclamações contra o Speedy para 2,65 milhões de usuários.
De janeiro para abril deste ano, o volume de queixas contra a Telefônica cresceu 36% em relação à banda larga e 23,46% em relação ao serviço de voz. O pico de reclamações sobre a telefonia fixa foi em março (25,4 mil).
Desde julho do ano passado, houve quatro interrupções no Speedy e uma pane na telefonia fixa. A Anatel ainda não tem o balanço das queixas com a pane nos telefones, no dia 9.

Enquanto a base de assinantes de telefonia fixa diminui, em consequência do avanço dos celulares pré-pagos, crescem as queixas dos assinantes. Em dezembro de 2005, quando a Telefônica tinha 12,4 milhões de linhas fixas, o índice de reclamação à Anatel foi de 0,4 por mil linhas. Em abril deste ano, para 11,6 milhões de assinantes, o índice de queixa foi de 1,8 por mil linhas.
A Telefônica se sai mal na comparação com os indicadores da Oi (ex-Telemar) e da BrT (Brasil Telecom), que têm concessão de telefonia fixa fora de São Paulo. Em abril, a Oi teve 0,6 queixa por mil linhas fixas. A BrT, 1,19.

Na banda larga, ela também perde para a Oi e a BrT. A Anatel recebeu, em abril, 3.775 reclamações contra o serviço de banda larga da Oi (para um total 2 milhões de assinantes) e 2.384 queixas contra o da BrT, de 1,85 milhão de clientes.

Segundo a Anatel, o crescimento das queixas não gera punição para as teles, porque não faz parte dos indicadores de meta de qualidade que têm de ser obedecidos pelas empresas. As queixas são usadas apenas para orientar a ação dos fiscais.
"Contra fatos não há argumentos", dirão alguns.
A Telefônica é um lixo, e eu já escrevi isso aqui várias vezes. Nem vou repetir.

Mas a matéria da Folha traz uma informação muito relevante: a comparação da Telefônica com algumas outras empresas, similares, que prestam os mesmos serviços em outras regiões do país.
Os dados apenas reforçam aquilo que eu já afirmei aqui: o problema é a falta de concorrência. Aliás, a INEXISTÊNCIA de concorrência.

25 de junho de 2009

ESCLARECIMENTO DA TELEFÔNICA

Vou copiar um comentário que recebi no último post:
Olá, tudo bem?

Antes de mais nada, gostaria de me apresentar: trabalho no Grupo Máquina, agência de comunicação da Telefônica no ambiente digital para o Speedy. Um dos objetivos deste trabalho é abrir o diálogo da empresa com os internautas em uma relação transparente.

Entro em contato com você porque gostaria de enviar um posicionamento da empresa sobre a decisão da Anatel de suspender a venda do serviço até a aprovação de um plano de ações para aprimoramento do Speedy.

A Telefônica entende que os usuários esperam mais da companhia e todas as equipes da empresa estão mobilizadas, 24 horas por dia, no plano de ações para o aperfeiçoamento do serviço Speedy e da rede que dá suporte ao acesso à internet. Todos estão concentrados no trabalho, visando não só atender, mas superar as expectativas dos clientes e da sociedade.

Como você deve saber, a Telefônica foi a pioneira no lançamento da internet em banda larga no Brasil, em 1999, e ainda hoje mantém a rede de dados com maior volume de tráfego no País.

Agradeço o espaço para levarmos aos leitores do seu blog o posicionamento oficial da empresa diante deste assunto.

Qualquer dúvida estou à disposição,

Obrigado,

Equipe Telefônica na Web
telefonicanaweb@maquina.inf.br
Agora, a minha resposta:

Cara "Equipe Telefônica na Web",
Em primeiro lugar, seria interessante (além de respeitoso, de "bom tom") assinar a mensagem com um nome de uma pessoa, não de uma "equipe". Mas tudo bem....

Segundo ponto: este blog é um espaço democrático, e sempre haverá espaço para réplicas, discordâncias, complementos etc.

Mas o ponto principal que eu quero comentar é o seguinte: Ok, a Telefônica mantém um serviço de rastreamento de notícias e citações sobre ela...compreensível. Mas a resposta, ainda que padronizada, poderia ser um pouquinho menos mentirosa, não ?!
Veja: o fato de a Telefônica ter sido pioneira no lançamento da internet em banda larga não me diz absolutamente nada se o serviço que ela oferece é uma merda. Poderia ter sido a última, desde que conseguisse oferecer um serviço minimamente bom. Neste caso, a vantagem da primazia se perde devido à incompetência da empresa em entregar o que é oferecido na comunicação promocional, no que tange ao produto Speedy (nem vou comentar outros produtos, pois não é o foco deste post).

O trecho que afirma "Todos estão concentrados no trabalho, visando não só atender, mas superar as expectativas dos clientes e da sociedade" é uma MENTIRA deslavada, um aldrabice, pura balela, uma fraude, imensa lorota.
Se a Telefônica estivesse minimamente preocupada em "atender" e até em "superar" as expectativas dos clientes, ela teria pessoal treinado no call-center (ao invés daquelas bestas que repetem um script nojento, que não resolve a vida do cliente), mas mais importante, teria tomado providências para que os constantes problemas do Speedy NÃO ocorressem.
Ao invés disso, a Telefônica demonstra que adotou a filosofia da vaca com seus clientes: está cagando e andando para os otários que acreditaram que teriam um bom serviço ao contratar a Telefônica.

A empresa prefere investir na contratação de uma assessoria de imprensa / RP do que melhorar seu produto. Obviamente, nada contra a RP. Mas TUDO contra esta prática picareta, típica da Telefônica (e de outras empresas picaretas), de investir na comunicação & promoção, deixando de lado o mais importante: oferecer um serviço de qualidade.
Mas como a Telefônica se acha a dona do mundo, ela não precisa disso, né ?!
Até o dia em que tiver concorrência.....
Ou então, até o dia em que o Grupo Máquina ficar sem acesso à internet porque o Speedy está fora do ar - ou será que vocês usam outro serviço de banda larga ?!

24 de junho de 2009

Punição branda - a impunidade é uma merda

O Brasil é o país do "jeitinho".
Em todas as instâncias.

Nem vou comentar nada sobre a política, o Senado, a corrupção que o PT sistematizou no Executivo, a falta de vergonha dos deputados etc.
O que mais interessa a este blog é o que diz respeito às empresas.

E, no quesito desrespeito, não me ocorre nenhuma empresa capaz de bater a Telefônica.

Primeiro, um resumo das notícias.
Em 19/06, a Folha Online noticiou:
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai proibir, a partir da semana que vem, a habilitação de novas assinaturas do serviço de banda larga Speedy. A medida, que tem caráter cautelar, será publicada no "Diário Oficial da União" na segunda-feira, 22.
A decisão deve durar até a prestadora comprovar para a Anatel que está tomando medidas para melhorar a qualidade do serviço e para coibir novas falhas. A expectativa da Anatel é de que isso seja feito em 30 dias. A empresa registrou seguidas panes nos primeiros meses deste ano.
Se descumprir a medida, a empresa pode ser punida com multa de R$ 15 milhões, além de R$ 1.000 por assinatura habilitada. Além disso, a Telefônica deverá publicar comunicado informando a situação aos consumidores.
A decisão teria sido tomada pelo conselho da agência em reunião na quarta-feira.
A Telefônica informou que "não teve conhecimento oficialmente" do caso, por isso não se manifestou.
Atualmente, a Telefônica tem cerca de 2,6 milhões de usuários do Speedy no Estado de São Paulo. No primeiro trimestre, foram cerca de 100 mil novas assinaturas, de acordo com a empresa de consultoria Teleco.
Obviamente, a notícia repercutiu em outros meios.
Chegando então o dia 22, a mesma Folha Online reportou:
A ausência de informações ao usuário a respeito da suspensão do serviço de banda larga Speedy já é motivo para que a Telefônica seja multada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), segundo informou uma especialista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) à Folha Online, nesta segunda-feira (22). Tanto ela quanto outro especialista consultado pela reportagem informaram desconhecer alguma medida precedente e semelhante conduzida pela agência reguladora.

De acordo com o item 3 do despacho publicado no "Diário Oficial" hoje, a Telefônica deve informar que, "em razão da instabilidade da rede de suporte ao serviço Speedy, a Anatel determinou a suspensão, temporariamente, da sua comercialização."

"A Telefônica não está informando isso, ou seja, há um descumprimento a essa determinação", afirma a advogada do Idec, Estela Guerrini. "Temos a ligação gravada. Enviamos uma carta à Anatel a fim de que ela faça valer a cobrança da multa". A íntegra da correspondência está disponível aqui.

A empresa foi notificada pela Anatel de que, caso prossiga com a venda do Speedy, será multada em R$ 15 milhões, mais R$ 1.000 por assinatura ativada após a determinação.

No começo da noite de hoje, a reportagem entrou em contato com o call center de vendas da companhia. "Não há disponibilidade [da venda] dos serviços de internet em todo o Estado de São Paulo", informou a atendente. No entanto, no começo da tarde, atendentes da empresa disseram que ainda é possível assinar o produto "normalmente".

Quanto ao prazo de 24 horas do desligamento do serviço, Guerrini diz que "isso é o que a Telefônica está dizendo. O Diário Oficial é a própria notificação, ou seja, a partir do momento em que é publicado, a empresa já tem conhecimento", afirma.

Na noite de hoje, a Telefônica divulgou nota afirmando que vai interromper, a partir da 0h da terça-feira, a venda do serviço de banda larga Speedy por meio de sua central telefônica.
O resumo da ópera ?!
A Telefônica vem desrespeitando seus clientes há tempos (desde SEMPRE, na verdade), e agora ela demonstra que não respeita sequer a ANATEL, agência reguladora do setor no país.
Nem vou lastimar a distribuição de cargos que o PT operou nas agências reguladoras (sem falar em TODOS os demais órgãos que os cumpanheiros conseguiram ocupar, em estatais, secretarias, ministérios etc), porque seria chover no molhado. Não vou lamentar a demora da ANATEL em iniciar a punição à Telefônica, demonstrando que a agência que deveria zelar pelo respeito ao consumidor está jogada às traças.

Agora.......A posição da Telefônica é inacreditável !!!!!!!
Lendo reportagem do Valor Econômico sobre o caso, li a seguinte declaração do Presidente da Telefônica:
"A gente não acha justo, sem uma relação de causa e efeito, penalizar os nossos clientes"

Como assim ?????????????????
Quem tem penalizado os clientes da Telefônica é a própria Telefônica !!!!!!!!!!!!!!!!

Quem não tem outra opção e, como eu, é obrigado a ser assinante do Speedy tem sido penalizado desde sempre com a incompetência da Telefônica em oferecer um serviço minimamente confiável, estável.

Aí, depois, temos que ver alguns "gurus" (argh!) dizendo que a concorrência tem levado as empresas a investirem em qualidade, livros e mais livros sobre concorrência, poder de decisão dos consumidores etc.....
Pergunto: CADÊ A EXCELÊNCIA, A QUALIDADE E A CONCORRÊNCIA DA TELEFÔNICA ???????

23 de maio de 2009

Speedy, Telefônica e o mercado

Primeiro, uma notícia que recebi, via e-mail, de uma aluna (que, aliás, TRABALHA NA PORCARIA DA TELEFÔNICA):
Por que a Telefônica tem enfrentado tantos problemas técnicos?
Em julho, o "apagão" do Speedy, serviço de acesso à internet em banda larga da Telefônica, completa um ano. A pane que deixou boa parte do Estado de São Paulo sem acesso à web por 30 horas, ao que tudo indica, não foi uma exceção na rotina da principal operadora de telefonia da região mais rica do Brasil. Em menos de um ano, a empresa sofreu um incêndio em seu data center e duas outras interrupções ou instabilidades na oferta do Speedy – a mais recente na segunda-feira desta semana.

O ex-diretor da Telesp, ex-presidente da Lucent e da operadora Vésper e que atualmente atua como consultor de telecomunicações, Virgílio Freire, afirma que a primeira coisa a chamar a atenção é a freqüência com que o Speedy vem sofrendo interrupções.
É consenso entre especialistas ouvidos por COMPUTERWORLD que as falhas na operação da Telefônica têm como origem um conjunto de fatores, mas no cerne da questão está a falta de investimento da empresa em sua infraestrutura e na qualificação de pessoal.

Um exemplo desse modelo de administração, afirma Virgílio Freire, é a "mesa de compras", um mecanismo usado pela operadora para realizar a aquisição de produtos e serviços. Dessa forma, a contratação de um fornecedor leva em consideração, exclusivamente, o critério de menor preço. Além disso, parte da remuneração dos operadores da "mesa de compras" varia em função da redução de preço que eles conseguirem negociar com a empresa que já ofereceu o menor valor.
Isso faz, de acordo com Freire, com que os fornecedores empreguem profissionais menos qualificados e ofereçam produtos com menor robustez e redundância do que o necessário para operar em uma rede do porte da mantida pela Telefônica.
Segundo Freire, a Telefônica terceirizou, inclusive, processos de manutenção e operação de equipamentos, seguindo a lógica da "mesa de compras" e do menor preço. "É como se uma empresa de aviação terceirizasse seus pilotos", diz.

A cultura de obter o maior lucro também leva a operadora a esperar até o último minuto para ampliar a capacidade de sua rede. De acordo com outro executivo de setor, que também conhece a operação da Telefônica, quando houve a primeira pane do Speedy que veio a público, os roteadores de borda da empresa estavam operando com 90% de sua capacidade máxima.
Ele relata que a orientação do mercado é expandir a capacidade dos equipamentos quando a operação chega a 70%. "O pessoal de infraestrutura da Telefônica disse: 'Deixa chegar a 90% e vamos ampliar a rede'. Essa recomendação técnica é temerária", afirma.

Outro executivo, que também preferiu não se identificar, reitera que a empresa opera com roteadores de borda, aqueles que se encontram nas extremidades da conexão, próximos ou acima limite. No caso da falha do equipamento situado em Sorocaba, este não foi o único aspecto que levou à pane do Speedy.
De acordo com ele, houve também imperícia no treinamento e qualificação de mão-de-obra. A migração da rede de telefonia tradicional para a tecnologia Internet Protocol (IP) é um processo complexo e a rápida adesão dos usuários à internet faz com que as empresas tenham que demonstrar agilidade neste processo de migração.
Cerca de um ano antes do episódio de Sorocaba, o serviço de banda larga da Telefônica viveu um incidente equivalente, mas que não teve a mesma repercussão porque sua duração foi menor. "O pessoal não conhecia a tecnologia IP. Ficava procurando o cabo e não o software", conta o entrevistado.
Na ocasião, a empresa realizou uma auditoria interna e identificou 30 ações que deveriam ser tomadas para solucionar o problema. Para o executivo, a repetição do fato, em Sorocaba, mostra que a Telefônica não tomou essa medidas. "Só a falha do roteador não explica o que aconteceu. Isso mostra que as ações não foram tomadas como o previsto".
A matéria, na íntegra, está no site da Computerworld, AQUI.

Agora, alguns comentários meus.
A Telefônica não tem concorrência. Isto é um fato.
Infelizmente, quem busca banda larga aqui em São Paulo, a rigor, tem 3 alternativas: Speedy, Vírtua e Ajato.
O Vírtua pertence à NET, outra empresa que é ruim que dói.
O Ajato pertence à TVA, que foi adquirida pela Telefônica há algum tempo (pouco mais de 1 ano, se não me engano).
Eu já tive NET em casa (quando ela era "apenas" distribuidora de TV a cabo), e cancelei depois de inúmeras brigas pelo telefone, pelo e-mail etc. Decidi nunca mais recorrer a esta empresa de bosta.
Isso me deixa com duas opções: Speedy e Ajato. Como ambos os serviços, no final das contas, pertencem à Telefônica, não há outra alternativa.

Para alguns dados que ajudam a respaldar minha conclusão, sugiro esta leitura AQUI.



Outro problema diz respeito à FISCALIZAÇÃO.
Os órgãos oficiais que deveriam (repito: DEVERIAM) regular o setor não funcionam.
A ANATEL, em particular, está ocupada distribuindo cargos aos incomPTentes sindicalistas amigos dos boçais do PT (com o perdão do pleonasmo "boçais do PT"), e deixa que todo mundo faça o que bem entender.

Nenhum argumento lógico, minimamente plausível, é capaz de explicar por que ninguém (ANATEL, Ministério Público, Procon, Idec etc) faz nada para obrigar a Telefônica a cumprir com suas obrigações - ou, em não cumprindo, ser substituída por outra empresa.

Esse desgoverno PTralha não teve NENHUMA dificuldade em mudar o PGO (Plano Geral de Outorga) para permitir a fusão BrasilTelecom+Telemar (Oi), mas não consegue tomar uma atitude para proteger o infeliz do consumidor constantemente lesado por uma empresa monopolista ?!

9 de abril de 2009

Desastre total: a incompetência da Telefônica é gritante

A notícia é da Folha Online (na íntegra AQUI), mas está repercutindo em diversos portais:
No meio do caminho entre a pane no serviço de banda larga da Telefônica e os assinantes do Speedy está o call center da empresa, a central de relacionamento que desde a última segunda-feira (9) atende milhares de ligações de clientes reclamando pela falta de serviço. Azar de quem precisou utilizá-lo nos últimos dias.
Uma das novas regras do SAC diz que o cliente pode demorar no máximo um minuto para ser atendido. A reportagem ficou 2 minutos e 20 segundos esperando por atendimento em uma das ligações ao atendimento do Speedy. Porém, há leitores que relataram ter ficado por até 45 minutos esperando por um atendente.

Está previsto pelas novas regras que o atendimento ao cliente deve prestar serviços 24 horas por dia, sete dias por semana. Vários leitores reclamaram ter ouvido apenas sinal de ocupado quando ligavam para a central da Telefônica --o que também ocorreu com a reportagem.
No caso de dificuldades no atendimento telefônico, o consumidor pode registrar queixas na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no site ou pelo telefone 133; no site do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC) ou no Procon-SP.

Desde que as novas regras foram instituídas --em 1º de dezembro de 2008--, a Telefônica já recebeu dois processos --que correm em sigilo--, movidos pelo Procon-SP, por falhas em seu SAC. Segundo Carlos Coscarelli, assessor-chefe do Procon-SP, a empresa ainda está respondendo por eles, mas estima-se que a multa a ser paga seja de R$ 3 milhões por cada processo.

Desde o sábado (4), o Procon-SP registrou 92 novas denúncias contra o SAC da Telefônica, com reclamações de usuários sobre a dificuldade para conseguir atendimento e longas esperas pelo contato com um atendente.

De acordo com Coscarelli, o número é bastante significativo. "Normalmente, apenas 5% dos atingidos pelo problema se mobilizam para fazer a reclamação formal", explica. Por isso, a fundação estima que esse número represente mais de 1.800 pessoas com o mesmo problema no atendimento telefônico da Telefônica.
A Telefônica não se pronunciou sobre o assunto.
A Telefônica é uma empresa que, de tão ruim, nem precisa de comentários, né ?!
Engraçado (e lastimável) é receber e-mail de alunos meus, que trabalham lá, avisando que eles não têm culpa nenhuma pelo fato de a empresa ser uma bosta.
E todos sabem que ela é mesmo.

8 de abril de 2009

Telefônica: outro apagão ????

Isso nem pode ser considerado "notícia", pois já virou tradição: a Telefônica fazendo seus clientes de otários.
O Procon-SP vai notificar a Telefônica sobre o problema que afeta usuários do serviço de banda larga Speedy nos últimos dias. Após receber centenas de reclamações sobre o assunto, o órgão de defesa do consumidor entrou em contato com a operadora para pedir explicações sobre o caso.

De acordo com o Procon, a Telefônica deve se manifestar por escrito sobre o que está ocorrendo com o serviço e, dependendo do conteúdo desse comunicado, o Procon-SP também pode solicitar uma reunião com os integrantes da empresa.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Telefônica diz que "desde as 21h30 de ontem (07/04), o Speedy encontra-se funcionando dentro dos padrões de normalidade. No dia de ontem, foram detectadas dificuldades de navegação entre clientes do serviço. A empresa mobilizou suas equipes para normalizar a situação no menor prazo possível, o que, efetivamente, ocorreu na noite da terça-feira".

Porém, dezenas de usuários do Speedy continuam reclamando de problemas no serviço, principalmente pelo Twitter. O Procon-SP também continua recebendo reclamações nessa quarta-feira. Em nota, a Telefônica informa "que o número de ligações para a sua central está diminuindo gradativamente desde a manhã de hoje e estima que a situação normalize-se ao longo do dia."

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Anatel afirmou que está apurando o caso e que a Telefonica deverá dar o desconto para o usuário proporcional ao tempo que o serviço ficou fora do ar. O órgão regulador informou ainda que caso descubra algum tipo de infração por parte da Telefônica ao regulamento de Serviços de Comunicação Multimídia, poderá abrir um processo administrativo contra a operadora, resultando em multa ou advertência.

Em julho do ano passado, a Telefônica deu cinco dias de desconto por instabilidades no Speedy. A maior parte dos usuários deste serviço de banda larga ficou sem acesso à internet por até 36 horas ao longo dos dias 2 e 3 de julho.
FONTE: Época NEGÓCIOS - Notícias
Pois é..... Desde segunda-feira (06/04) eu tenho enfrentado problemas com o Speedy. Ontem, eu conseguia abrir apenas alguns poucos sites - UOL, Folha OnLine, Veja e outros tantos, inclusive o Google, estavam inacessíveis.
Não sei (ainda) se funciona, mas li a seguinte dica na internet:
O problema do Speedy é fácil de resolver. O servidor de DNS da Telefonica - 200.204.0.10 - é o responsável pela dificuldade de se conectar a determinadas páginas. Para não se ter mais problemas é só trocar este servidor da Telefonica pelo servidor de DNS do OpenDNS. Para quem sabe reconfigurar a sua placa de rede os números do OpenDNS são 208.67.222.222 e 208.67.220.220. Para os demais há instruções aqui: https://www.opendns.com/start/
Uso o OpenDNS já há dois anos e nunca tive problemas, mesmo quando houve aquele apagão do Speedy em quase todo estado de São Paulo.
A mensagem acima eu li nos comentários do blog do Reinaldo Azevedo (aqui).
Depois vou tentar fazer um teste, seguindo a dica, para ver se consigo resolver, ainda que parcialmente, os problemas.

Se bem que o IDEAL mesmo seria trocar a Telefônica por alguma outra empresa.
Mas, infelizmente, não há opções melhores.....
Em suma, os consumidores de serviços de telefonia, no Brasil, estão fodidos e mal-pagos.

7 de abril de 2009

Atendente da Vivo com TPM

Essa é simplesmente FANTÁSTICA !!!!!

A atendente do telemarketing da Vivo se irrita com o cliente - DOWNLOAD.

PS - Agradeço ao Aldemir que me enviou por e-mail.

2 de março de 2009

Celulares: novidades e velharias

A notícia é do portal G1:
O total de celulares em operação no Brasil chegou a 151,9 milhões em janeiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (18) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As vendas no mês passado foram de 1,3 milhão de novos acessos, um crescimento de 0,87% em relação a dezembro de 2008. O número total de novas habilitações, no entanto, foi menor que janeiro do ano passado, quando entraram no mercado 1,87 milhão de celulares.

Do total de telefones móveis em operação no país, a ampla maioria, 81,59%, está na modalidade pré-paga, enquanto o restante, 18,41%, é de celulares pós-pagos (clientes que recebem uma conta mensal de telefone). Segundo a Anatel, em janeiro havia 79,8 celulares para cada grupo de 100 habitantes. O Distrito Federal continua na primeira posição do ranking, com mais de um telefone móvel por habitante.

A Vivo segue na liderança do mercado brasileiro com 29,81% de participação. Em segundo lugar vem a Claro (25,73% de participação), seguida da TIM, com 24,06%, e da Oi, com 20,03% (incluindo 3,84% da Brasil Telecom, comprada no ano passado).

A tecnologia de terceira geração (3G) da telefonia celular, lançada no Brasil em 2008, alcançou, em janeiro, 1,98 milhão de clientes. A tecnologia GSM domina o mercado, com 135,5 milhões de clientes, seguida da CDMA, com 12,3 milhões de usuários.
Quero destacar alguns pontos.
O número de usuários de telefonia celular, no Brasil, continua crescendo, ano após ano.
Surpreendente é ouvirmos pessoas criticando a privatização do FHC. Ou não têm celular (nem fixo), ou criticam só porque não têm mais o que fazer da vida.
Mas o mais importante, aqui, é tratar do aspecto de mercado.

E, sob tal ótica, selecionei duas outras notícias que complementam a questão.

A primeira, abaixo, é do Valor Econômico (na íntegra AQUI):
A TIM fechou na sexta-feira à noite a compra da Intelig, poucas horas depois de ter anunciado ao mercado um plano de "relançamento" da companhia. As medidas são a aposta da operadora para deixar para trás a maré ruim em que mergulhou no ano passado, quando perdeu a segunda colocação do mercado para a Claro e enfrentou a queda em alguns indicadores financeiros.

A aquisição da Intelig, que pertencia à Docas Investimentos, dá um novo perfil à TIM. Com o negócio, fechado por um valor não revelado, a operadora amplia sua capacidade de transmissão de dados para atuar como provedora de acesso à internet e ganha capilaridade nas áreas metropolitanas, onde o tráfego é crescente.

A compra se encaixa na proposta de "relançamento" desenhada pela nova diretoria da TIM. A oferta de novos pacotes de serviços, combinando telefonia fixa, móvel e internet, é um dos pilares dessas medidas, que abrangem também o reposicionamento da marca e maior eficiência no uso da rede.

Nessa empreitada, a TIM definiu as classes A e B como seu alvo prioritário. A medida marca um retorno da operadora à estratégia de concentrar sua artilharia para atrair e reter os assinantes mais rentáveis - modelo que foi a base de seu sucesso alguns anos atrás.

Em outra frente, a TIM está promovendo uma limpeza em sua carteira de clientes. Segundo Luciani, entre 80% e 90% dos cortes são de pré-pagos. O números de desconexões não foi revelado. "É um fato contingente e marginal, que não vai gerar impacto econômico", disse.

A arma com a qual a companhia pretende atrair mais clientes dos segmentos mais ricos da população brasileira é a oferta de pacotes "três em um", que combinam telefonia fixa, celular e banda larga. Os chamados "combos" são um modelo já explorado pelas empresas de telefonia fixa e de TV por assinatura para garantir a fidelidade dos clientes. Os novos pacotes devem chegar ao mercado no segundo trimestre.

Enquanto isso não acontece, a TIM começa a explorar um mercado ainda inédito no Brasil: o de banda larga pré-paga. A partir de hoje, a operadora vai vender cartões de R$ 5 que permitem o acesso à internet por 24h, com direito de usar 250 megabytes em downloads. O modem para conexão à web custará R$ 299. O foco não são clientes de baixa renda, mas "usuários ocasionais", afirmou Luciani. Ao mesmo tempo, a operadora redefiniu seus planos de banda larga pós-paga.

No ano passado, a TIM enfrentou dificuldades para cumprir suas metas financeiras e foi alvo de especulações de que seria vendida pela Telecom Italia para a Telefónica. A matriz desmentiu os rumores e colocou o Brasil como um de seus pilares de crescimento, mas não conseguiu dissipar as dúvidas dos investidores quanto ao futuro da companhia.
A segunda, foi publicada na Folha de 02/03 (na íntegra AQUI):
Os serviços de telefonia e internet no Brasil estão entre os mais caros no mundo, segundo um estudo que a ONU divulga hoje. No ranking de 150 países da UIT (União Internacional de Telecomunicações), o Brasil aparece entre os 40 em que o uso de telefones fixos e celulares consome a maior fatia da renda per capita.

O acesso à telefonia foi um dos critérios usados pela organização para elaborar o Índice de Desenvolvimento em Tecnologia de Informação e Comunicação, que avalia os avanços no setor entre 2002 e 2007. O Brasil caiu seis posições em relação ao índice anterior e agora ocupa o 60º lugar.

Tomando como referência o preço de um pacote básico, a UIT chegou à conclusão de que o uso do celular no Brasil é um dos mais caros, consumindo o equivalente a 7,5% da renda média per capita do país. Numa escala crescente de custo, o país ocupa a 114ª posição. A telefonia fixa morde uma fatia menor da renda do brasileiro (5,9%), mas também coloca o país entre os últimos, no 113º lugar.

Entre os mais baratos, empatam Hong Kong (China), Dinamarca e Cingapura, onde o uso do celular é responsável por só 0,1% da renda média. O contraste para o Brasil também é notável em relação a vizinhos como Argentina, onde a conta do celular é bem menor (2,5% da renda per capita).

No índice geral de desenvolvimento, a UIT justifica a queda de seis posições do Brasil observando que houve pouco avanço nos três critérios utilizados: acesso, uso e capacidade.
Mercadologicamente, o problema NÃO foi a privatização - muito pelo contrário: a privatizaçõ abriu caminho para que o acesso aos serviços de telefonia, especialmente celular, fosse facilitado.
O problema começa a surgir DEPOIS da privatização.

As agências reguladoras (ANATEL, no caso específico da telefonia) foram paulatinamente transformadas em cabides de empregos dos sindicalistas e amigos da corja de boçais do PT, e deixaram de lado uma função CRUCIAL: monitorar o mercado, e trabalhar para aumentar a competição no setor - o que, teoricamente, levaria a uma queda nos custos.

Porém, o que vimos foi exatamente o oposto: a ANATEL virou capacho dos interesses do PT - o que ficou mais do que nítido no caso da fusão da Telemar/Oi com a Brasil Telecom.
Chegamos ao ponto de mudar a lei (Plano Geral de Outorga) para que as empresas pudessem levar seus planos adiante.

Imagine se a ANATEL poderia se opor às vontades da empresa que financia o filho do Presidente da República ?!
NUNCA.

Afinal, a existe única e exclusivamente para atender às vontades do Presidente, não é ?!

O resultado, no frigir dos ovos, é a falta de concorrência no mercado - o que impede a queda mais forte dos preços, ou mesmo uma melhoria SIGNIFICATIVA na qualidade dos serviços - a Telefônica que o diga !

14 de fevereiro de 2009

Mais um blog....

Mais um blog espinafrando a Telefônica: http://meu-blogue.blogspot.com/2009/02/denuncia-telefonica-incapacidade-ou-ma.html

Mais uma vez, me solidarizo com o autor.
Realmente, ser cliente da Telefônica é assinar atestado de otário.
Eu tenho o meu, assinado, com firma reconhecida e autenticado em 5 vias.

Por falta de opção, registre-se.

5 de fevereiro de 2009

Processo bilionário

A notícia é ESPETACULAR:
A Telefônica é alvo de um pedido de indenização bilionária do Ministério Público de SP. A Promotoria do Consumidor está processando a empresa por falhas na prestação dos serviços de telefonia, banda larga e TV a cabo e por deficiências no atendimento ao público, desrespeitando as "obrigações legais de cortesia, continuidade e eficiência". Os promotores cobram indenização por danos morais e materiais de R$ 1 bilhão -cerca de 50% do lucro declarado da Telefônica no ano de 2007.

Dados do Procon ajudaram a subsidiar a ação. De todos os questionamentos enviados pelo órgão às empresas depois de reclamações de clientes no ano passado, 21,8% foram para a Telefônica. A Telefônica não comenta.
A nota saiu na Folha de São Paulo de ontem, 04/02.
EXCELENTE notícia para os milhões de consumidores lesados pela incompetênia e pelas práticas estapafúrdias dessa empresinha de bosta.

15 de janeiro de 2009

Telefônica: sem comentários

Não sei quem é a pessoa, mas me solidarizo.
Já passei por um martírio semelhante graças à incompetência da Telefônica:



Para maiores detalhes: http://euodeioo15.blogspot.com/

7 de dezembro de 2008

Férias (?)

Alguns podem pensar, erroneamente, que minha ausência dos blog foi devido a férias.
Ledo engano.

Confesso que estou bastante ansioso pelas férias, mas ultimamente andei soterrado pelo fechamento do semestre (e do ano).
Excesso de provas e trabalhos para corrigir (ahn, essa vida de professor!), orientações de TCCs, e outros afazeres têm me mantido tão ocupado que mal consigo ler e responder e-mails.

Aliás, só ontem fui ler a edição de 27 de novembro da Exame - e qual não foi minha "não-surpresa" ao me deparar com a seguinte matéria (na íntegra AQUI):
O executivo americano Ken Musgrave, chefe da área de design da Dell Computers - segunda maior fabricante de computadores do mundo, com faturamento de 61 bilhões de dólares em 2007 -, atravessa um labirinto de baias até chegar a uma sala com vários computadores sobre uma bancada. Seu objetivo é mostrar um dos produtos recém-lançados pela companhia.
Trata-se de um PC de mesa, mas que em nada lembra os desktops convencionais. Musgrave coloca o pequeno retângulo de acrílico vermelho ao lado de um PC normal, uma trivial caixa de alumínio cinza-chumbo. "Ambos têm as mesmas funcionalidades e capacidade de processamento", afirma Musgrave, em pé, diante das duas máquinas. "A diferença é que o modelo novo tem quase um quinto do tamanho do antigo e, portanto, precisa de muito menos material para ser fabricado. Fora isso, consome quase 70% menos energia."
O computador apresentado por Musgrave é considerado o que há de mais inovador do ponto de vista ambiental. "É o equipamento que melhor traduz o conceito de green IT (tecnologia da informação verde)", diz David Daoud, responsável nos Estados Unidos pela área de pesquisas da consultoria IDC, especializada em tecnologia da informação.

Segundo Daoud, o produto é diferenciado por reduzir o impacto ambiental de variadas formas - na menor quantidade de energia que será consumida durante sua vida útil, na redução de materiais que o compõem e até na embalagem, que é 95% reciclável.

Para o empresário Michael Dell, fundador e presidente da companhia, o Studio Hybrid, como foi batizado o novo computador, é apenas um dos exemplos de como a Dell hoje incorpora o conceito de responsabilidade ambiental. "Nossa missão começa com o design, passa pela fabricação e pela distribuição do produto e só termina depois que ele é descartado após anos de uso nas empresas ou nas casas de nossos clientes’’, afirmou Dell a EXAME em seu escritório, em Austin, capital do Texas, onde fica a sede da empresa que criou há pouco mais de duas décadas.
Nos últimos dois anos, Dell tem levantado a bandeira ambiental como nenhum outro empresário de seu setor.

Em junho de 2007, durante as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente, anunciou o objetivo de transformar a empresa na companhia de tecnologia "mais verde do planeta’’, em suas palavras. Na época, a meta de Dell foi interpretada por analistas como uma jogada de marketing para conquistar clientes que valorizam a proteção ambiental.

Afinal, a companhia luta para voltar ao topo dos maiores fabricantes de computadores do mundo, posição em que permaneceu até 2006, quando foi desbancada pela rival HP. No ano seguinte, diante de resultados insatisfatórios aos olhos do mercado e de analistas, Dell se viu obrigado a retornar ao dia-a-dia da empresa após três anos de afastamento. Sua nova estratégia, além de responder a demandas ambientais, é transformar a imagem da empresa de uma fabricante de computadores corporativos sisudos numa marca moderna e de design "cool".

A metamorfose é um imperativo para a Dell conquistar mais mercado no segmento doméstico, eleito recentemente seu alvo estratégico. A versão de Michael Dell é outra, claro: "Os danos ao planeta recaem sobre nós mesmos, seres humanos, e acho que temos de evitar que o mundo se transforme num lugar insuportável de viver", afirma. "Fora isso, minha empresa leva meu sobrenome, e não quero vê-lo associado a problemas." O sobrenome começou a ganhar fama em 1984, quando o então estudante de medicina de 19 anos na Universidade do Texas passou a vender computadores fabricados em seu dormitório e, em pouco tempo, tornou-se um dos maiores mitos da bilionária indústria de tecnologia mundial e um dos maiores exemplos da força do empreendedorismo americano.
O trecho em negrito (com cor diferenciada) mostra que a Exame CONTINUA confundindo o conceito de marketing com "propaganda enganosa", exatamente como fizera algumas vezes antes (para os detalhes, ver AQUI e AQUI).

Alô, dona Cristiane Correa, Editora-Executiva da Exame: até quando a sua revista vai insistir nesse erro burro ??

Enfim, a Exame está a cada dia mais próxima de perder mais um leitor/assinante. A cada edição há menos e menos matérias sérias, que valham pelo valor cobrado...


A despeito da minha ausência, não poderia deixar de registrar a nova lei do SAC.
Uma ótima notícia.
Algumas leituras interessantes estão AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI.

Pessoalmente, achei estas novidades, com relação ao SAC, excelentes.
Contudo, já foi possível perceber que as empresas, em sua maioria, não têm cumprido a nova regulamentação.
Os levantamentos que andei vendo indicam que a Telefônica foi a pior.

Alguma novidade nisso ?????
Eu mesmo já escrevera sobre a Telefônica, AQUI.

Na verdade, a Telefônica é uma das empresas que sabe que está acima do bem e do mal. Ela não precisa cumprir a lei, porque tem certeza de sua impunidade.
E, claro, quem paga o preço somos nós, consumidores.
A Telefônica não tem clientes, tem apenas otários que têm o azar de morar na região que ela, Telefônica, atende.
Isso é uma velharia. Que não parece que mudará.
Querem uma leitura interessante sobre a Telefônica ?! Ei-la: AQUI

28 de novembro de 2008

Cliente: perdido com o SAC de bosta

A matéria abaixo é do Valor Econômico de 26/11/08:
O Código de Defesa do Consumidor existe desde 1990. O primeiro serviço de atendimento ao consumidor do Brasil foi criado nos anos 60, pela Nestlé. Agora, no século 21, os consumidores estão lançando mão de uma nova arma para fazer suas queixas e reclamações serem ouvidas pelas empresas: a diretoria de Relacionamento com Investidores (RI).

No Banco do Brasil, por exemplo, 70% das demandas que chegam por e mail ou telefone ao RI não são de acionistas, e sim de consumidores com as mais diferentes queixas, reclamações ou pedidos de ajuda. "Tem gente que liga até para perguntar se é melhor deixar o dinheiro na poupança ou aplicar em CDB", diz Marco Geovanne, gerente de Relações com Investidores do BB e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).

Os departamentos de RI das companhias, segundos Geovanne, são para o consumidor como uma " porta lateral" de entrada na empresa. "Muitos sabem que o RI tem canal direto com o presidente e querem que suas reclamações cheguem até ele. Outros só querem ter alguém com nome e sobrenome para poder passar a queixa, uma coisa mais pessoal que o SAC", diz o executivo. Para ele, a maior parte dos que apelam para o RI são consumidores mais conscientes que a média, que sabem se a empresa tem ou não capital aberto e que não conseguem muitas vezes resolver suas questões pelas vias comuns.

Esse foi o caso da professora Aparecida Luchini, de Campinas, que levou sua queixa ao RI da empresa de convênios médicos da qual é cliente. "Eles queriam cancelar meu contrato sem razão fundamentada. Da primeira vez que isso aconteceu, levei o caso ao Procon. Mas quando recebi a ameaça pela segunda vez, um ano depois, fui direto ao RI", conta ela. Menos de 24 horas depois de o e mail ter sido enviado, a operadora entrou em contato pedindo desculpas.

Rapidez de resultados como a do caso acima é o que querem também os moradores de um edifício em São Paulo. Como a construção foi entregue em 2004, muitos itens do prédio ainda estão na garantia da construtora, a Even. Um desses itens é a pintura externa, que precisa ser renovada, e a reforma de um deck. Por isso, o síndico está recomendando aos moradores que mandem e mails ao RI da Even pedindo a realização dos serviços. "Sem pressão, a construtora vai empurrar o problema com a barriga até a garantia vencer", afirma João Vidigal, um dos membros do conselho de condomínio do prédio.

A esperança de que problemas seja resolvidos logo tem fundamento, segundo Paulo Campos, gerente do departamento de relacionamento com investidores da Petrobrás e também diretor da seção Rio de Janeiro do Ibri. O consumidor, de acordo com ele (que já recebeu até denúncia de postos que batizam gasolina), chega cansado, usando o RI como último recurso.

"Muitas vezes o cliente consegue o que quer porque o pessoal que está acostumado a lidar com acionistas tem treinamento para resolver pendências e conhece a empresa muito melhor que o SAC ", afirma Campos.

De maneira geral, segundo os membros do Ibri, a proximidade do consumidor com o RI é boa para a empresa. "Muitas vezes o RI acaba funcionando como um ombudsman. Recebemos reclamações de um departamento, por exemplo, que está sempre dizendo que tudo vai bem. Quando confrontamos essa posição, com base na reclamação de um consumidor, muitas vezes até nos indispomos com essa área", afirma Geovanne.

Em outras empresas, entretanto, o contato do RI com o consumidor não é tão valorizado. "Tive um problema com uma companhia telefônica e escrevi para o RI, depois de muito brigar com o SAC", conta Aline Lima, estudante de literatura. "Mas o RI acabou por redirecionar minha mensagem novamente para o SAC e nada foi resolvido até agora", afirma ela.

Dany Muszkat, diretor de relações com investidores da construtora Even, diz que esse é um procedimento comum. "Mas uma coisa é certa: mesmo que a mensagem seja redirecionada, é certo que o RI lê todos os e mails e com atenção", afirma ele. No caso dos moradores do edifício paulistano, a empresa diz que está estudando o que está acontecendo com o prédio e que irá tomar providências em breve.
Bom, acho que vou localizar o canal de RI da Telefônica, porque nas DUAS vezes em que mandei e-mail para o serviço de "ombudsman", não tive retorno algum.
Por falar em Telefônica, fica esta sugestão de leitura AQUI.
Não que precisemos de MAIS UM EXEMPLO DA INCOMPETÊNCIA da Telefônica....... Não, não precisamos. Ninguém tem nenhuma dúvida de que a Telefônica é uma bosta.

Agora, para mudar de direção - na verdade, trata-se da direção OPOSTA à Telefônica - , falemos de fidelização.
Não me refiro a "retenção" de clientes graças a contratos draconianos ou mesmo monopólio (como a Telefônica). Estou me referindo à fidelização de clientes graças à oferta de bons produtos/serviços, atendimento decente etc.

O artigo abaixo eu recebi por e-mail, na newsletter da Peppers & Rogers:
Há clientes de todos os tipos e os produtos e serviços que eles compram são também tão variados quanto eles. Uma pesquisa realizada pela Forrester Research com empresas de data management (Acxiom e outras líderes de mercado) sobre "clientes fiéis" mostra que eles possuem perfis similares independente do setor de mercado em que estão, como bancário, telefonia móvel e eletrônicos. São mulheres, gostam de tecnologia e voltadas à família, segundo a Forrester.

Os números da Forrester mostram que a maioria dos consumidores que se consideram "fiéis à empresa com a qual fazem negócio" é composta por mulheres (55%), casadas (60%) e com idade na faixa dos 45 anos de idade. Mais de 81% concordam com a expressão "minha família é a coisa mais importante em minha vida". É mais provável que os fiéis comprem em todos os canais (49%) e recorram mais aos amigos e à família para terem informações sobre produtos e serviços (35%). Este perfil voltado à família é confirmado por outros relatórios recentes. O estudo da Acxion, Retail Consumer Dynamics Study, publicado em outubro, descobriu que 8% de todos os clientes de varejo estão procurando manter um estilo de vida familiar e o farão por estarem mais informados sobre promoções de preços e opções on-line. Outro estudo de varejo da GFK Roper realizado em setembro descobriu que 62% dos entrevistados encaravam as compras como uma experiência familiar, acima dos 54% de 2006.

De acordo com a analista da Forrester, Lisa Bradner, co-autora do relatório, Portrait of a Loyalist, o perfil geral de um cliente fiel é útil no atual clima conômico. Os clientes fiéis podem decair para clientes transacionais em um período de declínio econômico porque podem ser atraídos por descontos dramáticos ou desesperados. "O equilíbrio do funil é real", ela diz. "No alto do funil estão seus clientes novos e abaixo deles estão seus clientes transacionais. Eles estão quase entrando. As empresas precisam conhecer o perfil de seus clientes conforme se tornam fiéis porque não queremos que eles ajam por impulso e transitem para outra empresa." Lembre-se que este tipo de cliente tem o comportamento da lista dos fiéis, e estes fiéis emocionais não podem ser influenciados tão facilmente pelo preço.

Em geral, estes consumidores fiéis querem recompensas. Eles esperam pela personalização e influenciarão outros. "O marketing social não significa necessariamente rede de comunicação social on-line", diz Bradner. "O relatório mostra que os clientes fiéis têm necessidades emocionais tanto quanto sociais e estas necessidades são compartilhadas entre eles. Grande parte do marketing social acontece fora da rede quando os clientes falam sobre um e-mail que receberam ou sobre uma experiência que tiveram na loja."

O relatório da Forrester recomenda três ações, baseadas no perfil de fidelidade: Personalização, criação de oportunidades multi-canais e priorização das famílias. Todas são baseadas nas empresas que criam um diálogo com o cliente. Bradner cita o provedor de Internet de alta velocidade VIP Family Plan da Road Runner, que possibilita que os membros adquiram shows de graça para os membros da família, como uma forma eficaz de atrair o cliente fiel.

John Quelch, professor da Harvard, recomenda a realização de pesquisas com os clientes formar estratégias para cortejá-lo com familiaridade. Ele acha que as empresas precisam manter registros sobre como os clientes fiéis estão lidando com a recessão e se desejam adiar as compras.

"Quando tempos econômicos difíceis aproximam-se, tendemos a nos refugiar em nosso vilarejo", ele diz. "Busque cenários aconchegantes do círculo familiar para propagandas, substituindo imagens de esportes radicais, de aventura ou que reforcem o individualismo. Um humor extravagante ou apelos para a sensação de medo são abordagens que devem ser descartadas. As vendas de cartões comemorativos, o uso do telefone e gastos criteriosos em decoração residencial e em entretenimento doméstico se sustentarão bem, uma vez que a incerteza nos induz a ficarmos em casa, e também a estarmos ligados à família e aos amigos."

26 de outubro de 2008

Consumidores atentos

Transcrevo alguns trechos de matéria publicada pelo jornal Valor Econômico em 20/10, com grifos meus (a reportagem, na íntegra, está AQUI, restrita a assinantes):
As instituições financeiras se esforçaram para divulgar as novas regras de cobranças de tarifas, em vigor desde abril. Definidas pela Resolução 3.528 do Conselho Monetário Nacional, elas padronizaram a nomenclatura das tarifas dos serviços, para facilitar a comparação entre bancos, e fixaram o estabelecimento de serviços essenciais gratuitos.
Com o apoio dos órgãos de defesa do consumidor, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) engajou-se na proposta e criou o Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros (Star), ferramenta on-line que compara 46 produtos e serviços oferecidos a clientes pessoas físicas.

Com toda essa estratégia, por que, então, um levantamento feito em junho pela Diretoria de Estudos e Pesquisas da Fundação Procon de São Paulo constatou que 70,8%, de 223 consumidores consultados, nada sabiam do novo sistema? Entre os que notaram, mais da metade (56,9%) achou mais fácil comparar os pacotes de serviços.


O fenômeno da bancarização ampliou rapidamente a base de atendimento para 112 milhões de contas bancárias e 41 bilhões de transações financeiras em 2007. Para muitos novos clientes, tudo nessa área é novidade, responde André Santos, assessor técnico da Febraban. Ante essa nova realidade, os investimentos são crescentes. Ao lado das ouvidorias, obrigatórias desde 2007, o setor aposta em outros canais, como serviços de apoio a clientes (SAC), diz.
Segundo Santos, representantes do setor também participam de discussões com órgãos de defesa do consumidor e, em setembro, a Febraban apresentou o Sistema de Auto-Regulação Bancária, que estabelece padrões mais rígidos de negociação com consumidores.

Detentor de prêmios por boas práticas de relacionamento com seus consumidores, o Banco Itaú viu-se na incômoda posição de vice-campeão no "Cadastro das Reclamações Fundamentadas - Exercício de 2007" da Fundação Procon, em que também são indicados os principais conflitos entre consumidores e fornecedores de produtos e serviços. No quesito "assuntos financeiros", sobressaem-se problemas com cartão de crédito, agressividade de operadoras ao ofertar produtos, problemas nas transações e no lançamento de faturas.


"
Uma reclamação do cliente é uma benção para uma empresa que quer melhorar, pois dá oportunidade de corrigirmos o problema", rebate Antonio Matias, vice-presidente do grupo Itaú, ao relacionar o crescente número de contestações à expansão de sua carteira de clientes. Matias frisa que o Itaú foi pioneiro na criação de sua ouvidoria, em 2005. Se há clientes que ainda não buscam a solução interna, apenas 2% dos casos recebidos pela ouvidoria saem de lá para o Procon.

Mas, o setor financeiro é o terceiro no ranking setorial do Procon, com 20% das reclamações. À sua frente estão os setores de produtos de consumo (30%) e serviços essenciais (31%), como telefonia, que não podem ser interrompidos.


Presente nos 622 municípios paulistas, a Telefônica é também o foco do maior número de reclamações no Estado
. Um das mais frequentes veio com a mudança do sistema de cobrança, de pulsos para minutos, já que a empresa passou a oferecer planos particulares, nem sempre adequados. Multiplicaram-se, igualmente, queixas contra serviços "casados", como telefonia, TV por assinatura e banda larga, falhas na instalação ou na cobrança de serviços.

Com o mesmo argumento de que a dimensão da base de clientes contribui para o volume de reclamações - são 11,9 milhões de linhas em serviço, e 2,3 milhões de assinantes do serviço de banda larga -, a Telefônica informou ao Valor que vem investindo em tecnologia e na contratação de 1,7 mil profissionais para sua central de relacionamento para melhorar a satisfação dos seus clientes.


Raciocínio semelhante apresenta a Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel).
Como a base de 140 milhões de linhas fixas e móveis, e constatando a assimetria no porte das empresas do setor, em vez de números absolutos, o órgão regulador prefere realizar o ranking de reclamações por meio da quantia de denúncias para mil acessos. Problemas relacionados à cobrança estão no topo da insatisfação dos clientes, informa Augusto Drumond Moraes, da assessoria de comunicação.


Como errar é humano, sempre haverá falhas em produtos ou serviços ofertados ao consumidor, resume Evandro Zuliani, diretor de atendimento do Procon/SP. "
Cada vez mais o reconhecimento e a busca de solução do problema diferenciarão as empresas que respeitam o consumidor. Quem não entender isso não sobreviverá num mercado com o consumidor crítico", diz ele.

Em 30 anos, de 1977 a 2007, as reclamações ao Procon/SP evoluíram de 1542 para mais de meio milhão. Também mudou a qualidade da demanda. "Hoje, o consumidor nos indica o enquadramento legal do problema e conhece o Código de Defesa do Consumidor".

A análise das reclamações, conclui Zuliani, resulta em avanços legais. É o caso do recente decreto que regulamenta o Serviço de Atendimento do Consumidor (SACs), cuja construção foi negociada com organizações empresariais e da sociedade civil. "Os órgãos de defesa do consumidor eram a válvula de escape das reclamações. Com a implementação do decreto, o atendimento das empresas ficará mais ágil e satisfatório".


Cada vez mais, a manifestação de consumidores encontra novos canais. Sócia da Evomax Informática, na capital paulista, Regina Hiromi Yomi transformou seu blog http://suikaopina.blogspot.com num espaço para "compartilhar a descoberta de bons lugares e ajudar a evitar roubadas".

Quando o serviço de um restaurante ou loja não satisfaz, ela informa no blog, envia e-mails para sites que relacionam reclamações além de se manifestar para a empresa
. "O melhor é quando retornam por telefone. Muitas vezes agradecem, pois ficam sabendo o que acontece na loja". Não é regra. Freqüentadora do McDonald's, ela notou uma paulatina piora no atendimento e nos lanches. "No começo, eles me respondiam. Mas deixaram até de mandar a resposta automática de que estão avaliando o caso".

Por meio da assessoria de imprensa, o McDonald's informou em nota que investe no treinamento e em um serviço de atendimento ao consumidor, para que ele "tenha qualquer questão resolvida pessoalmente e o mais rapidamente possível", assegurando que "toda oportunidade para estreitar laços com o cliente é uma experiência sempre gratificante e valorizada".


Usando uma tática diferente, Ricardo Acosta, diretor de serviços da Whirlpool, que detém as marcas Brastemp, Cônsul e KitchenAid, conta como uma brincadeira inspirou o programa "Loucos de Paixão pelo Consumidor", da companhia.
Há alguns anos, a seu pedido, pessoas do SAC da empresa fingiram ser consumidores indignados em telefonemas para diretores da Whirpool. "Ficou clara a necessidade de investir na aproximação entre executivos e consumidores.

"
Como evolução dessa proposta, em março de 2008 consumidores lesados passaram a ser recebidos por diretores em reuniões na companhia. Além disso, executivos adotaram o hábito de ligar para clientes insatisfeitos.
A emoção de quem vive o problema estimula a busca de saídas, conclui Acosta. O uso de motos para agilizar a entrega de peças nos atendimentos domiciliares e a criação de hot lines entre os 3,4 mil pontos de venda e a indústria são duas conseqüências. "Até 2010, queremos reduzir a 2% nosso índice de reclamações proveniente de todos os canais: desde o SAC até órgãos de defesa do consumidor."

Preciso registrar, antes de qualquer coisa, que a matéria apresenta um problema sério: a despeito do conteúdo, não sei por que ela foi publicada na capa de um suplemento do Valor intitulado "Negócios sustentáveis".
Basta ler a reportagem para perceber, facilmente, que o assunto não tem NENHUMA relação com o tópico !
Será que o Valor Econômico também está sucumbindo à tentação de usar um "chapéu" (no jargão jornalístico, é o tema que abriga uma determinada reportagem, ou várias delas) que atraia a atenção graças ao modismo (sustentabilidade), conquanto não tenha relação alguma com o conteúdo da reportagem em si ???
Espero que não. Afinal, a Exame já adota esse procedimento patético. Não precisamos de outro veículo de comunicação com esta prática desastrosamente ignóbil.

De qualquer forma, voltando ao cerne da questão - relacionamento cliente-empresa - quero destacar alguns pontos.

Entre as empresas citadas, obviamente eu não poderia me abster de ressaltar a TELEFÔNICA.
Essa bosta de empresa de trigésima-quinta categoria diz que se preocupa em reduzir a insatisfação do consumidor, mas quem é cliente (meus pêsames e condolências!) da Telefonica sabe que isso não é verdade.
Ponto.

Eu já havia prometido narrar minha saga de problemas com a Telefônica. Irei fazer isso em breve - mas, acreditem, tomará bastante tempo digitar a narrativa, pois a Telefônica obriga o cliente a passar por situações no mínimo desprezíveis.

Contudo, antes disso, quero compartilhar com os leitores alguns links que ajudam a dimensionar o tamanho da cagada que é a decisão de tornar-se cliente da Telefônica. A listinha é grande:
Bom, na realidade eu poderia passar muitos outros links.
Contudo, ao ler estes aí, já é possível perceber, claramente, um PADRÃO de problemas mais freqüentes.

Estes problemas NÃO são novos.

Ora, então por que a empresa ainda não conseguiu tomar medidas para impedir novas ocorrências de problemas amplamente conhecidos, há tempos ?

Ou ela não SABE o que fazer para resolver os problemas (indicando INCOMPETÊNCIA), ou ela não QUER fazer nada para resolver (indicando DESCASO).

Pessoalmente, acredito tratar-se de uma combinação dessas duas alternativas.

20 de outubro de 2008

AUSÊNCIA: causada pela incompetência (2)

Alguns acharão que é brincadeira ou sacanagem minha, mas na verdade a sacanagem é da Telefônica.
Na semana passada, NOVAMENTE, fiquei sem o Speedy, e, portanto, sem acesso "normal" à web.

Apenas para confirmar: a incompetência da telefônica me deixou "off" pela segunda vez no mesmo mês.

Fiquei sem Speedy entre 30/09 e 04/10.
Depois, o Speedy "morreu" novamente em 14/10, e só voltou ao normal em 17/10.

Por isso, inclusive, minha ausência por aqui.

Sim, é claro que vou relatar as experiências escabrosas que tive como "cliente" (coitado!) da Telefônica.
Obviamente contarei tudo aqui no blog.
Não que vá resolver, porque a Telefônica é, sem sombra de dúvida, uma bosta.
Não vai resolver: a Telefônica continuará sendo uma bosta.

E o pior é que a ANATEL já sinalizou que vai permitir o aumento da concentração de mercado na telefonia, o que vai acabar causando a volta do monopólio.....

Eu cogitei cancelar o Speedy e migrar para um concorrente, mas descobri que isso seria impossível !
NET eu cancelei, na minha casa, há algum tempo, depois de ter sofrido com a incompetência dessa outra empresinha de merda.
Pensei, então, no Ajato..... Hummmmm.... pois é...... A TVA foi comprada pela Telefônica, então migrar do Speedy para o Ajato seria trocar seis por meia-dúzia: eu acabaria falando com aqueles atendentes despreparados da Atento, que "vão estar transferindo" para o suporte - que, por sua vez, "vai estar realizando alguns testes", e depois, finalmente, "vai estar encaminhando um técnico". Que nunca aparece.

Em suma: tenho que "engolir" o Speedy mesmo.
Que, como produto, não é ruim.
O que mata o Speedy é o péssimo serviço da Telefônica.
A Telefônica é que é uma bosta. O Speedy é OK.

Aliás, uma aluna minha, que trabalha na Telefônica, me perguntou isso uma vez....
Tive que concordar com ela.
Ela mesma, aliás, sabe que o atendimento ao cliente da Telefônica é um lixo.
Conheço outras pessoas que trabalham na Telefônica, e todas, sem exceção, confirmam isso.

Quem trabalha na empresa sabe que a Telefônica adota a filosofia da vaca no que tange ao atendimento a clientes.
Sim, aquela filosofia da vaca: a Telefônica está cagando e andando para o cliente.
Ela quer que o cliente se foda.

Simples.

E a falta de concorrência acaba fazendo com que o cliente se foda MESMO.