Marketing, economia, administração, educação, política, música - enfim, um pouco de tudo.
31 de janeiro de 2012
Itaquerão e Allianz Arena
Já vi comparações entre a necessidade de construir estádios no Brasil para receber a Copa-2014 e situações semelhantes em outros países.
Um dos exemplos citados é o Allianz Arena, na Alemanha.
Vamos comparar os dois casos, então?
O ALLIANZ ARENA custou cerca de 300 milhões de Euros (ou 680 milhões de reais, ou seja, MENOS do que o Itaquerão); tem 66 mil lugares; 9.800 vagas de estacionamento; e foi construído através de uma joint-venture entre algumas empresas (FC Bayern Munich, Alpine Bau Deutschland GmbH, Herzog and de Meuron, sendo a HVB Immobilien AG a principal captadora de recursos).
Foi, desde o princípio, uma obra PRIVADA.
Porém, e aí as diferenças tornam-se GRITANTES, em 2001, a população da cidade foi consultada sobre a decisão de ser erguida ou não a nova "arena".
Repito: a população foi consultada!
65% da população da cidade votou favoravelmente à construção do estádio.
Apenas no ano seguinte, após a aprovação da população, e CONCORRÊNCIA ABERTA entre escritórios de design e arquitetura internacionais, é que as obras começaram.
Isso para ficar em apenas um exemplo.
Fácil comparar isso à atual situação do Itaquerão, né?!
30 de janeiro de 2012
A mulher, o bebê e o intelectual
Vou abrir uma exceção e publicar, na íntegra, a coluna de Luiz Felipe Pondé da Folha de hoje.
Merece ser lida, relida, e repassada.
A mulher, o bebê e o intelectual
Luiz Felipe Pondé, Folha de SP
As pessoas não gostam de vagabundos, ladrões e drogados travestidos de revolucionários
Os comunistas mataram muito mais gente no século 20 do que o nazismo, o que é óbvio para qualquer pessoa minimamente alfabetizada em história contemporânea.
Disse isso recentemente num programa de televisão. Alguns telespectadores indignados (hoje em dia ficar indignado facilmente é quase índice de mau-caratismo) se revoltaram contra o que eu disse.
Claro, a maior parte dos intelectuais de esquerda mente sobre isso para continuar sua pregação evangélica (no mau sentido) e fazer a cabeça dos coitados dos alunos. Junto com eles, também estão os partidos políticos como os que se aproveitam, por exemplo, do caso Pinheirinho para "armar" a população.
O desespero da esquerda no Brasil se dá pelo fato de que, depois da melhoria econômica do país, fica ainda mais claro que as pessoas não gostam de vagabundos, ladrões e drogados travestidos de revolucionários. Bandido bom é bandido preso. A esquerda torce para o mundo dar errado e assim poder exercer seu terror de sempre.
Mas voltemos ao fato histórico sobre o qual os intelectuais de esquerda mentem: os comunistas (Stálin, Lênin, Trótski, Mao Tse-tung, Pol Pot e caterva) mataram mais do que Hitler e em nome das mesmas coisas que nossos intelectuais/políticos radicais de esquerda hoje pregam.
Caro leitor, peço licença para pedir a você que leia com atenção o trecho abaixo e depois explico o que é. Peço principalmente para as meninas que respirem fundo.
"(...) um novo interrogador, um que eu não tinha visto antes, descia a alameda das árvores segurando uma faca longa e afiada. Eu não conseguia ouvir suas palavras, mas ele falava com uma mulher grávida e ela respondia pra ele. O que aconteceu em seguida me dá náuseas só em pensar. (...): Ele tira as roupas dela, abre seu estômago, e arranca o bebê. Eu fugi, mas era impossível escapar do som de sua agonia, os gritos que lentamente deram lugar a gemidos e depois caíram no piedoso silêncio da morte. O assassino passou por mim calmamente segurando o feto pelo pescoço. Quando ele chegou à prisão, (...), amarrou um cordão ao redor do feto e o pendurou junto com outros, que estavam secos e negros e encolhidos."
Este trecho é citado pelo psiquiatra inglês Theodore Dalrymple em seu livro "Anything Goes - The Death of Honesty", Londres, Monday Books, 2011. Trata-se de um relato contido na coletânea organizada pelo "scholar" Paul Hollander, "From Gulag to the Killing Fields", que trata dos massacres cometidos pela esquerda na União Soviética, Leste Europeu, China, Vietnã, Camboja (este relato citado está na parte dedicada a este país), Cuba e Etiópia.
Dalrymple devia ser leitura obrigatória para todo mundo que tem um professor ou segue um guru de esquerda que fala como o mundo é mau e que devemos transformá-lo a todo custo. Ou que a sociedade devia ser "gerida" por filósofos e cientistas sociais.
Pol Pot, o assassino de esquerda e líder responsável por este interrogador descrito no trecho ao lado, estudou na França com filósofos e cientistas sociais (que fizeram sua cabeça) antes de fazer sua revolução, e provavelmente tinha como professor um desses intelectuais (do tipo Alain Badiou e Slavoj Zizek) que tomam vinho chique num ambiente burguês seguro, mas que falam para seus alunos e seguidores que devem "mudar o mundo".
De início, se mostram amantes da "democracia e da liberdade", mas logo, quando podem, revelam que sua democracia ("real", como dizem) não passa de matar quem não concorda com eles ou destruir toda oposição a sua utopia. O século 20 é a prova cabal deste fato.
Escondem isso dos jovens a fim de não ter que enfrentar sua ascendência histórica criminosa, como qualquer idiota nazista careca racista tem que enfrentar seu parentesco com Auschwitz.
Proponho uma "comissão da verdade" para todas as escolas e universidades (trata-se apenas de uma ironia de minha parte), onde se mente dizendo que Stálin foi um louco raro na horda de revolucionários da esquerda no século 20. Não, ele foi a regra.
Com a crise do euro e a Primavera Árabe, o "coro das utopias" está de volta.
Vereadores em SP
Manchete do site do Estadão agora há pouco: Na Câmara de SP, 94% dos vereadores vão tentar a reeleição (matéria completa AQUI).Copio um trechinho:
Após quase dois meses de recesso, os 55 vereadores paulistanos voltam a participar de sessões plenárias a partir desta quarta-feira, 1. E, logo no primeiro dia, a presidência da Casa vai informar sobre um pacote com 35 projetos de parlamentares que deve ser votado nas duas primeiras semanas. A intenção das lideranças é “mostrar trabalho” em ano eleitoral.Eu já publiquei a lista de todos os vereadores que votaram favoravelmente àquela proposta ABSURDA, ESCANDALOSA, de conceder isenção para o Itaquerão - aquele estádio de futebol PRIVADO, que será construído com dinheiro PÚBLICO, aqui e aqui.
O objetivo das 14 lideranças da Casa é votar o máximo de projetos até o final do primeiro semestre. A partir de agosto, com o início da campanha nas ruas, poucos parlamentares devem comparecer às discussões em plenário. Só três dos atuais vereadores não vão concorrer à reeleição no dia 1º de outubro.
O ano de eleições deve tornar a pauta de votação morna, sem propostas polêmicas ou grandes modificações em leis urbanas, como ocorreu no ano passado. Entre os projetos que passaram em 2012 estavam o pacote de R$ 400 milhões em benefícios para a construção do Itaquerão e um alvará provisório de quatro anos para 987 mil comerciantes em situação irregular.
Esta listinha será muito útil.
O pilantra que votou favoravelmente a este projeto não vai receber voto meu NUNCA.
28 de janeiro de 2012
27 de janeiro de 2012
Abaixo à hipocrisia e à burrice da APAS (4)
Agora, vou transcrever um trecho de uma matéria (por sinal, muito superficial) que a Folha publicou (cuja íntegra está AQUI):
Percebe-se que o Sr. João Galassi, além de expressar-se com uma clareza ímpar, também tem o hábito de mentir.
Por que a Apas vai banir as sacolas plásticas descartáveis dos supermercados?
João Galassi - É demanda da sociedade. Queremos substituir sacolas descartáveis por reutilizáveis. A questão é de mudança de hábito e adequação ao uso de alternativas, como caixas de papelão, carrinhos de feira etc.
A sacola biodegradável custa R$ 0,19. Por que o supermercado não banca a despesa?
Galassi - O ponto é a descartável por uma reutilizável. A de R$ 0,19 é um paliativo em um momento transitório.
Folha - Quanto os supermercados economizarão?
Galassi - Toda a cadeia tem economia. Em São Paulo, será de R$ 200 milhões ao ano, pois 6,6 bilhões de sacolas deixarão de ser produzidas. A sacola de R$ 0,19 será revendida sem nenhuma rentabilidade, com margem zero.
PS - Este vídeo, abaixo, a despeito de conter erros nos cálculos, resume bem o que REALMENTE é relevante nesta campanha que a APAS, hipocritamente, está chamando de "Vamos tirar o planeta do sufoco":
25 de janeiro de 2012
Abaixo à hipocrisia e à burrice da APAS (3)
Vamos banir dos supermercados os shampoos e desodorantes vendidos em embalagens de plástico, pneus, sachês de molho do tomate, sacos de açúcar, arroz, feijão, farinha etc ?! Tudo que é embalado em vidro será banido também?
Se a APAS e os supermercados que estão bancando esta campanha hipócrita estivessem preocupados com o meio ambiente, do jeito que estão afirmando, eles fechariam as portas, pois 90% do que vendem causa mais danos ao meio-ambiente do que as sacolinhas - especialmente se a população não tiver a educação e a civilidade de jogar lixo no lixo.
(Rápido adendo: perto da minha casa havia uma usina de compostagem, que foi fechada por pressão dos moradores da região, devido ao meu-cheiro, ratos, baratas, insetos e afins que perturbavam os moradores; os detalhes estão AQUI. Fim do parêntesis.)
23 de janeiro de 2012
Abaixo à hipocrisia e à burrice da APAS (2)
Dando sequência à questão da campanha hipócrita que a APAS desencadeou para que os supermercados deixem de fornecer as sacolas plásticas aos consumidores a partir do próximo dia 25/01, quero tratar do PRINCIPAL problema desta campanha.Este problema se chama HIPOCRISIA.
A campanha da APAS é HIPÓCRITA.
Entender o porque é bastante simples.
O site feito para defender a campanha tenta fazer com que o visitante do site tenha a impressão de que a APAS e os supermercados estão preocupados com o meio-ambiente e que, como consequência desta preocupação, bolaram a campanha. Bobagem.
Ao abolir o uso das sacolinhas plásticas, a APAS está transferindo TODO O CUSTO da mudança de hábito para o consumidor. Se a APAS e os supermercados que (eventualmente) aderirem a esta campanha tivessem uma preocupação LEGÍTIMA, VERDADEIRA, eles assumiriam pelo menos metade dos custos (ou pressionariam os fabricantes a usar menos plástico em seus produtos, como alimentos, detergentes, shampoos etc).
O fato é o seguinte: a APAS está usando esta campanha para reduzir um custo dos supermercados - aproveitando-se do discurso de "sustentabilidade", tão na moda atualmente.
Trocando em miúdos, a campanha consiste em fazer caridade com o dinheiro dos outros! Aí é fácil, né?!
É a mesma coisa que eu dizer para meus vizinhos que temos todos que usar o transporte coletivo para nos locomover em São Paulo - e, depois de "conscientizar" meus vizinhos, pegar meu carro, com ar-condicionado, para ir trabalhar, enquanto o custo de transação/mudança fica para eles, não para mim. Hipocrisia.
Por que a APAS e os supermercados não SUBSTITUEM as sacolas atuais pelas sacolas que eles irão vender a aproximadamente R$ 0,20? Se houvesse produção em larga escala destas sacolas, seu custo sofreria redução natural.
Mas, ao invés disso, a campanha prefere a hipocrisia como cortina de fumaça para reduzir um custo dos supermercados - que nos últimos anos têm sofrido pressões nas suas margens de lucro, inclusive em virtude do aumento na inflação.
A campanha joga todo o custo da mudança para o consumidor, que não terá redução nos preços dos itens adquiridos (o que deveria acontecer, haja vista que os supermercados deixarão de comprar as atuais sacolinhas), e ainda terá que adquirir sacolas para transportar suas compras - isso sem falar na utilização das sacolinhas para acomodar lixo e outras coisas em casa. Ou seja, mais um custo: comprar maior quantidade de sacos de lixo do que antes.
Qual o custo para os supermercados? NENHUM.
A campanha da APAS transfere os custos para o consumidor, usa o discursinho de "sustentabilidade", aumenta as margens e ainda espera que o otário do consumidor fique feliz, agradeça....
Um recadinho meu para a APAS: eu não sou otário!
22 de janeiro de 2012
Abaixo à hipocrisia e à burrice da APAS (1)
Quero tratar desta campanha BURRA E HIPÓCRITA criada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), que pretende, a partir do próximo dia 25/01, banir o fornecimento de sacolas plásticas nos supermercados de SP.Reuni uma série de informações e links, e pretendo usar aos poucos.
Por ora, recomendo que o leitor informado, que não queira ser ludibriado por uma campanha tão cretina como esta tome duas atitudes:
1) Participe do abaixo assinado contra esta campanha - basta clicar AQUI.
2) Exija, quando for ao supermercado, que o estabelecimento forneça gratuitamente as sacolinhas com as quais estamos acostumados. O consumidor tem mais poder do que imagina - basta saber exercê-lo.
Inicialmente, recomendo esta leitura AQUI.
E, para divertir (e instruir), veja o vídeo abaixo:
20 de janeiro de 2012
A chuva na sexta-feira
E não podia ter melhor companhia:
17 de janeiro de 2012
O perfil dos eleitores do PT
O vídeo a seguir dispensa comentários:
A entrevistada diz tudo o que se precisa ouvir para compreender porque existem pessoas que afirmam que o Lulla é um Estadista - e há também os mais ousados (ou mal informados), que chegam a dizer que Lulla foi o melhor presidente do Brasil.
O que o Lulla e o PT mais querem é justamente isso: povo ignorante, sem massa crítica. Inclusive por terem este objetivo colocam um tipinho como Fernando Haddad a cargo do ministério da EDUCAÇÃO....
11 de janeiro de 2012
Como satisfazer um homem e uma mulher
01. Acaricie
02. massageie
03. cante
04. suporte
05. alimente
06. dê banho
07. ria
08. sorria
09. estimule
10. console
11. abrace
12. excite
13. pacifique
14. proteja
15. seduza
16. ligue
17. corresponda
18. antecipe
19. perdoe
20. sacrifique-se
21. assessore
22. mostre-se igual
23. fascine
24. respeite
25. encante
26. eleve
27. defenda-a
28. faça planos
29. enfatize
30. faça serenata
31. agrade
32. mime
33. nine-a
34. se banhe
35. se perfume
36. se barbeie para ela
37. elogie
38. faça uma surpresa
39. acredite
40. santifique-se
41. ajude
42. reconheça
43. seja gentil e educado
44. atualize-se
45. aceite
46. presenteie
47. peça
48. escute
49. entenda
50. leve a qualquer lugar bonito
51. acalme
52. mate por ela
53. morra por ela
54. sonhe com ela
55. prometa
56. se entregue
57. se comprometa
58. alivie
59. sirva
60. salve
61. prove
62. agradeça
63. dance
64. olhe nos olhos
65. escove
66. seque
67. dobre
68. lave
69. passe
70. guarde
71. cozinhe
72. idolatre
73. ajoelhe-se e
74. Diga que a ama todos os dias
75. Nunca esqueça do cartão de crédito sem limites
76. volte ao começo e faça tudo de novo + 100 vezes.
COMO SATISFAZER UM HOMEM
01. Traga uma cerveja gelada.
02. Venha pelada.
E ainda dizem que os homens são complicados.
10 de janeiro de 2012
A conivência da mídia com os escândalos brasileiros - o caso da Copa 2014
O jornalista Carlos Brickmann escreveu um artigo sobre as críticas feitas ultimamente em relação à construção do estádio do Corintians em Itaquera. O texto, na íntegra, está AQUI.
Agora posso tecer meus comentários. Aliás, farei os comentários de forma segmentada, discutindo ponto por ponto as afirmações do jornalista (DESTACADAS EM VERMELHO, seguidas pelas minhas observações).
1) O colega conhece alguém que tenha comprado carro à vista? Deve haver, mas o habitual é comprar a prazo, com financiamento por algum banco. Se alguém compra um carro financiado pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Panamericano, está usando dinheiro público? Não: usa um financiamento disponível no mercado, que será pago no prazo previsto e que, aliás, é o negócio do banco. Se não paga, o comprador responde a processo e pode perder o carro.
Em primeiro lugar, sobre este trecho, é importante esclarecer que o BNDES não pode ser comparado aos bancos comerciais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú etc). Independentemente da diferença no que tange ao controle (público ou privado), o BNDES não é um banco comercial, mas um banco de fomento. Isso faz uma diferença enorme!
Tenho certeza de que o jornalista sabe disso, pois é um homem bem informado. Mas não custa repetir: a função do BNDES não é emprestar dinheiro para comprarmos um carro – ou será que o jornalista conhece alguém que financiou seu carro no BNDES? Eu não conheço.
Quem busca o financiamento de um carro, hoje, paga juros extorsivos, e, caso não consiga honrar todas as parcelas, perde o bem (carro) e tudo o que foi pago. O BNDES, devido à sua natureza, tem um escopo de atuação bastante diverso deste. Vejamos o porquê.
O BNDES, por NÃO ser um banco comercial como o Banco do Brasil, Itaú ou CEF, trabalha de forma diferente daquela que geralmente a população média entende como “banco”. O próprio BNDES, em sua página na internet, informa:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e destina financiamentos não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico.
Art. 6º O capital do BNDES é de R$ 29.557.414.708,31 (vinte e nove bilhões, quinhentos e cinquenta e sete milhões, quatrocentos e quatorze mil, setecentos e oito reais e trinta e um centavos), dividido em seis bilhões, duzentos e setenta e três milhões, setecentas e onze mil, quatrocentas e cinquenta e duas ações nominativas, sem valor nominal. (Redação dada pelo Decreto nº 7.407, de 28.12.2010). (NR)
§ 1º O capital do BNDES poderá ser aumentado, por decreto do Poder Executivo, mediante a capitalização de recursos que a União destinar a esse fim, bem assim da reserva de capital constituída nos termos dos arts. 167 e 182, § 2º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, mediante deliberação do Conselho de Administração.
§ 2º A totalidade das ações que compõem o capital do BNDES é de propriedade da União.
§ 3º Sobre os recursos transferidos pela União destinados a aumento do capital social incidirão encargos financeiros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, a partir do recebimento dos créditos até a data da capitalização.
Art. 7º Constituem recursos do BNDES:
I - os de capital, resultantes da conversão, em espécie, de bens e direitos;
II - as receitas operacionais e patrimoniais;
III - os oriundos de operações de crédito, assim entendidos os provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela entidade;
IV - as doações de qualquer espécie;
V - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da União;
VI - a remuneração que lhe for devida pela aplicação de recursos originários de fundos especiais instituídos pelo Poder Público e destinados a financiar programas e projetos de desenvolvimento econômico e social;
VII - os resultantes de prestação de serviços.
Art. 8º O BNDES, diretamente ou por intermédio de empresas subsidiárias, agentes financeiros ou outras entidades, exercerá atividades bancárias e realizará operações financeiras de qualquer gênero, relacionadas com suas finalidades, competindo-lhe, particularmente:
I - financiar, nos termos do art. 239, § 1º, da Constituição, programas de desenvolvimento econômico, com os recursos do Programa de Integração Social - PIS, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970;
II - promover a aplicação de recursos vinculados ao Fundo de Participação PIS-PASEP, ao Fundo da Marinha Mercante - FMM e a outros fundos especiais instituídos pelo Poder Público, em conformidade com as normas aplicáveis a cada um; e
III - realizar, na qualidade de Secretaria Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento - FND, as atividades operacionais e os serviços administrativos pertinentes àquela autarquia
§ 1º Nas operações de que trata este artigo e em sua contratação, o BNDES poderá atuar como agente da União, de Estados e de Municípios, assim como de entidades autárquicas, empresas públicas, sociedade de economia mista, fundações públicas e organizações privadas.
§ 2º As operações do BNDES observarão as limitações consignadas em seu orçamento global de recursos e dispêndios.
Sim, caro Carlos Brickmann, trata-se de dinheiro público. O BNDES empresta dinheiro PÚBLICO, com taxas de juros menores do que as praticadas no mercado (e especialmente menores se tomarmos por base as linhas de crédito disponibilizadas pelos bancos comerciais como Banco do Brasil, Panamericano, Bradesco, Santander, HSBC etc), mas isso tem uma razão: o BNDES apoia financeiramente projetos que tragam benefícios econômicos e sociais ao país, diferentemente dos bancos comerciais, que visam ao lucro. Obviamente, não há nenhuma crítica aqui, nem a estes, nem àquele. É importante, todavia, discernir que há uma diferença.
3) As arquibancadas que o Governo paulista promete alugar para ampliar a capacidade do estádio são pagas com dinheiro público. Como eram dinheiro público as arquibancadas que a Prefeitura alugava para as corridas de Fórmula 1 em Interlagos; como é dinheiro público o que é gasto na reforma do autódromo, a cada ano. Como era dinheiro público a reforma anual do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, quando lá se realizava o GP Brasil. Como é dinheiro público o subsídio às escolas de samba e o empréstimo dos ônibus que utilizam. É dinheiro público que apóia a Parada Gay, é dinheiro público que dá suporte de infraestrutura e segurança à Marcha para Jesus, é dinheiro público que paga o réveillon.
Ao que me consta, a Prefeitura, o BNDES ou mesmo a União não promovem reformas anuais na minha casa, certo? Nem deveriam, afinal, é a MINHA casa, um imóvel particular, e não público.
O imbróglio jurídico que envolve o terreno de 200 mil metros quadrados, cedido pela Prefeitura ao Corinthians em 1988, é de conhecimento do presidente Andrés Sanchez. "Ele (Andrés) veio ao MP em setembro, se reuniu conosco e se mostrou disposto a colaborar. Mas, de repente, foi apresentado à imprensa um estádio num terreno que está sub judice. Até agora não recebemos nenhum projeto. O Corinthians sabe que qualquer obra no local no momento tem impedimento legal", afirma Freitas. O promotor pede na ação a anulação da concessão da Prefeitura para o Corinthians."Quando recebeu o terreno, o clube tinha cinco anos para construir um estádio e não o fez. A Prefeitura também se omitiu de cobrar, mesmo depois de a Câmara Municipal em 2001 ter informado o descumprimento da lei", argumenta o promotor. Em 2001, moradores de Itaquera apresentaram uma representação aos vereadores da Comissão de Finanças na qual denunciavam que o terreno do Corinthians havia virado um depósito clandestino de lixo e de entulhos. Até hoje a área do terreno, vizinha ao centro de treinamento, é usada como abrigo de restos de materiais de construção e de lixo doméstico.(…) O juiz Ferraz de Campos declarou ontem que analisa o processo, cuja sentença deve ser emitida nos próximos meses. "Mas podemos analisar um acordo com as duas partes (Prefeitura e Corinthians), com alguma contrapartida para a população ou para o trânsito no entorno. Antes disso, qualquer intervenção que ocorra no terreno será alvo de um pedido de paralisação imediata na Justiça por nossa parte", acrescentou o promotor de Urbanismo.LINHA DO TEMPOHÁ 22 ANOS, ÁREA EM ITAQUERA FOI CONCEDIDA AO CORINTHIANS PARA CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO1 - 1988 - Lei 10.622 concede a área em Itaquera ao clube por 90 anos, com a construção do estádio em cinco como contrapartida.2 - 1993 - Passados cinco anos, a única obra feita pelo Corinthians no local em Itaquera foi a construção do Centro de Treinamento.3 - 2001 - CPI da Câmara pede devolução da área. Diretoria corintiana diz não ter recebido a escritura e promete estádio em 4 anos.4 - 2005 - Prefeitura ameaça cobrar taxa mensal de R$ 870 mil do clube para seguir com a concessão, mas medida acaba revogada.5 - 2010 - Em agosto, ao anunciar estádio, Andrés Sanchez desdenha da concessão. "Se eu quiser, esses 90 anos viram 150, 200 anos."
Hyundai investindo bilhões em 2012
Há algum tempo, numa aula, um aluno perguntou se a Hyndai não seria um exemplo de empresa que inovou, que inverteu um mercado e surpreendeu a concorrência. Seguiu-se uma discussão sobre as demais fabricantes de automóveis, especialmente as orientais - japonesas, chinesas e coreanas.
Ok, a Hyndai tem investido MUITO, e em nível global - investimentos em propaganda (aliás, o volume de investimentos em mídia, no Brasil, acarreta um rateio bastante duvidoso considerando o total de vendas da Hyundai no país), em logística, em produção, e também P&D. Isso é inegável.
Em diversos países, ademais, ela conseguiu transformar estes investimentos em resultado: gahou participação de mercado.
Porém, quais as perspectivas para a empresa, em médio e longo prazos?
Ela vai conseguir trilhar caminho semelhante àquele trilhado pela Toyota ou pela Honda?
Quando as vendas da Hyndai no Brasil começaram a crescer, essencialmente graças ao Tucson, um SUV relativamente barato, escancarou-se um problema que pode ser fatal para uma montadora: pós-venda.
O pós-venda da Hyndai no Brasil é vergonhosamente ruim e caro. Ok, o pós-venda da GM, da Fiat, da Volks e da Ford também são ruins e caros. Mas a Hyndai conseguiu levar a acepção do termo "ruim" a patamares até então inexistentes. Falta de peças, preços exorbitantes, discrepância nos planos de manutenção e funcionários sem nenhum preparo eram as coisas mais comuns na rede (pequena) da empresa - que, no Brasil, é representada pela Caoa.
Por seu turno, antes de colherem resultados expressivos em termos de market-share, Toyota e Honda ganharam reconhecimento por dois fatores: (1) confiabilidade mecânica e (2) assistência no pós-venda de qualidade.
A Hyundai, por outro ldo, optou por ganhar mercado com base em PREÇO - seus carros, via de regra, têm preços alinhados a modelos de categoria inferior. Trocando em miúdos, a Hyndai oferecia um carro com motorização e equipamentos capazes de posicioná-lo a enfrentar Mercedes, BMW ou Audi, mas com preços próximos de Civic, Corolla e Vectra (já falecido).
Esta foi a razão do sucesso da Hyndai no Brasil (e, via de regra, em diversos outros mercados, inclusive Estados Unidos). Contudo, o gargalo não demorou a surgir: o consumidor comprava um carro relativamente barato, mas tomava um susto na revisão, ou ficava a ver navios quando precisava de uma peça (importada, caríssima, e cujo prazo de recebimento/entrega poderia obrigar o cliente a ficar MESES sem seu carro).
Como se não bastasse, o crescimento da empresa também trouxe problemas com sindicatos e empregados insatisfeitos. Isso é comum na fase de crescimento de QUALQUER montadora - basta ver o caso da GM nas décadas de 1980 e 1990.
Resumidamente, creio que a Hyundai precisa mudar seu foco. Se ela quer, de fato, gahar mercado de forma sustentável, e não apenas temporária, passageira, ela precisa acertas suas escolhas estratégicas (trade offs). Preço não fideliza. Que tal investir em qualidade, especialmente no atendimento?
Tenho a impressão de que os produtos em si são até bons, na média (exceção feita, claro, ao Tucson, que é feio, tecnicamente está na década de 1990, e já está na fase de declínio no CVP), mas o pós-venda devastadoramente ruim (inclusive em preços) e a falta de visão de longo prazo podem atrapalhar.